quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O nu de Marcus Ohlsson

novembro 17, 2011 | por Milena Muñoz

O fotógrafo sueco Marcus Ohlsson vem ganhando espaço no mundo com sua carreira fotográfica. Conhecido por seus editoriais de moda com identidade bem marcada com grandes contrastes, enquadramentos diferenciados, o fotógrafo mantém firme seu estilo e originalidade no que se diz respeito à arte fotográfica.


Mas para esse ensaio realizado para a Tush Magazine, deixemos as roupas de lado - literalmente - e passemos a analisar cada centímetro dessas fotos. O nu artístico, que vem sendo misturado com a fotografia erótica (não menos importante mas com características diferentes) põe em questão a finalidade do projeto. Ao meu ver, o nu artístico tem um caráter mais simbólico, carregado de metáforas e significados transmitidos por meio de seus enquadramentos específicos, suas cores (ou ausência delas) e pelas posturas da(o) modelo.

Em um ensaio como esse, cada sombra é trabalhada separadamente, cada luz, cada reflexo. O que fala mais alto é a delicadeza, a feminilidade, os cortes, os músculos, o volume e não o erotismo. Além do olhar do fotógrafo, ainda tem a percepção do espectador, que vê tudo com uma análise única, podendo inclusive ser muito diferente do pensamento do autor da obra.


A arte tem disso, há a possibilidade de várias interpretações de um mesmo trabalho e com isso, um leque de significados expostos e discutidos. No ensaio de Ohlsson por exemplo, vejo a fragilidade da mulher, as faces a que ela se submete, aos paradoxos de ao mesmo tempo ser delicada mas também fatal, frágil e forte e, dessa forma brincar com a questão dos significados e metáforas através da nossa máquina, do nosso corpo humano.


Para ver o ensaio completo, acesse aqui.