quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fotógrafo da Vez: Diane Arbus

dezembro 15, 2011 | por Helosa Araújo

Diane Arbus, 1949, por Allan Arbus / WikiCommons
Depois de um tempo sem postar (por motivos maiores - trabalhos a mil) volto com tudo e com Diane Arbus (minha fotógrafa favorita - por conta da sua história).

Novaiorquina, Diane Nemerov (nome de solteira) nasceu no dia 14 de Março de 1923. Tudo começa quando casa-se com Allan Arbus (fotógrafo) aos 18 anos. O acompanhamento com a profissão de seu marido abriu um olhar diferente sobre a vida, um observatório subjetivo que apenas Diane Arbus teria. Um olhar que ela aprendeu a expressar através da fotografia.

Até então fotógrafa experimental, começou a fotografar com seu marido, e descobriu sua paixão pelos retratos. Usava (apenas) uma Rolleiflex com duas objetivas, uma câmera que, por ser usada na altura do corpo dava uma proximidade com o objeto fotografado e optou por usar o flash durante o dia, sua intenção era destacar ao máximo o objeto do fundo. Allan Arbus foi apenas seu primeiro instrutor, depois vieram Alexey e Richard Avedon (somente, né?). Após as orientações de mestres como esses, Arbus passa a ser Fotojornalista, trabalhando na Esquire, The New Yor Times Magazine, Harper`s Bazaar e Sunday Times.

As suas imagens com flashs durante o dia ainda renderam duas bolsas Guggenheim (1962 e 1966) expostas pela primeira vez num museu em 1967 (coletiva New Documents Museum of Modern Art).

É, mas não foi tão fácil assim, marido fotógrafo, orientações com mestres e bolsas Guggenheim, não a livravam do preconceito que sofria. Diane Arbus escolheu como seu principal foco, os deficientes mentais, físicos, anões e todo tipo de pessoa que fosse "fora dos padrões". Foi chamada de louca, desconsiderada e fazia plantão em suas exposições fotográficas para tentar evitar as cuspidas (literalmente) dos observadores.

Apesar de gloriosa, Arbus teve uma vida turbulenta e se envolveu demais com seus fotografados, só ela sabe o que ela viu, né? Em Julho de 1971 Diane Arbus se suicidou tomando barbitúricos e cortando os pulsos. Sua exposição que foi concebida pelo curador John Szarkowski (1972) virou livro e tornou-se um dos mais influentes catálogos da história da fotografia, depois foi impresso mais 12 vezes.

Em 2007 foi interpretada por Nicole Kidman, no filme "A Pele", que tenta mostrar a tensão e as pertubações que passavam pela cabeça da fotógrafa.



Uma ótima quinta a todos! ;)