sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Crise da Kodak afeta países da América Latina

fevereiro 24, 2012 | por Cid Costa Neto

Segundo informações da agência ANSA, uma fábrica da empresa Eastman Kodak, localizada na cidade de Zapopanno, no México, anunciou nessa sexta-feira (24) que irá por fim em suas operações até Novembro deste ano e 350 de seus 500 funcionários serão demitidos. Atualmente, a fábrica mexicana produz apenas câmaras descartáveis e filmes.

Antonio Gutiérrez, diretor geral da filial, afirmou que a empresa tem planos de realizar a manufatura em outro local e prometeu dar apoio aos empregados que forem demitidos, ressarcindo-os, conforme a lei trabalhista.

"É uma transição difícil e temos que apoiar as pessoas até onde pudermos, e a melhor maneira de fazê-lo é informar-lhes a notícia com tempo para que tenham margem de assimilá-la e fazer um plano de vida" - explicou Gutiérrez.

No Brasil, segundo informações do jornal Valor Econômico, a crise da Kodak já resultou em drástica redução das operações no país. Na cidade paulista de São José dos Campos, a empresa que já ocupou 24 prédios de um complexo de 800 mil metros quadrados, utiliza hoje apenas dois edifícios. As demais instalações foram transformadas em um centro empresarial, alugado a outros condôminos. A empresa que já possuiu 500 funcionários em uma época de prosperidade, conta atualmente com apenas 40.

Com a decisão de encerrar a produção de câmeras digitais, a companhia deve pôr fim ao contrato de terceirização no Brasil. A rede Kodak Express, que em 2008 chegou a ter mil lojas, definhou e deixou, aos poucos, de ter relações comerciais com a empresa.

Desde 2003, a Eastman Kodak já fechou 13 fábricas no mundo além de 130 pontos de operações de revelação e impressão fotográfica.

Câmeras descartáveis Kodak / Foto: Frank Perry / AFP