domingo, 3 de março de 2013

Os manequins vivos de Jerome Abramovitch

março 03, 2013 | por Natália Nunes


O fotógrafo canadense Jerome Abramovitch é um entusiasta do incomum. Além de se dedicar à fotografia, também é performer e admirador e adepto do fenômeno de modificação corporal (body modification), que inclui o uso de piercings, tatuagens, cirurgias plásticas, suspensão do corpo, escarificações, tightlacing, entre outras diversas práticas. 

Abramovitch ganhou destaque em 2000 ao fazer uma performance na ModCon, principal evento de modificação corporal do mundo, na qual injetava uma solução salina sob a pele, principalmente na testa, o que deformava temporariamente seu corpo. 

Enquanto fotógrafo tornou-se conhecido principalmente por sua série Mannequin, que ainda está em andamento. As imagens consistem em uma reificação dos corpos, um amálgama de pele e peças sintéticas,  que, em geral, exploram o estranhismo ao mostrá-los como objetos defeituosos. As pessoas em cena assumem a identidade de um simbionte falho, estragado, morto duas vezes ao serem fragmentados, sendo a primeira morte resultado da equiparação do corpo vivo com um objeto inanimado.