quinta-feira, 28 de maio de 2015

Como fotógrafos usaram o Instagram para ajudar o Nepal

maio 28, 2015 | por Resumo Fotográfico

Fotógrafos se uniram para contextualizar o impacto do terremoto devastador que atingiu o Nepal no mês passado. 


Quando um terremoto de 7,8 graus de magnitude atingiu a região central do Nepal no mês passado, a escala da destruição foi, num primeiro momento, difícil de avaliar. As poucas imagens que emergiram do país devastado foram, em alguns casos, espetaculares mas sem a informação adequada sobre o verdadeiro impacto do terremoto.

Uma pequena comunidade de fotógrafos no Nepal e na Índia, liderados pelo escritor Tara Bedi e o fotógrafo Sumit Dayal, sentiu a necessidade de reunir seus esforços "para colocar coletivamente a informação útil e credível de pessoas que conhece e confia no chão, tudo sob a mesma bandeira", disse Bedi em entrevista à Time.

Essa bandeira é a Nepal Photo Project, lançada no Instagram e Facebook em 26 de abril, poucas horas após o terremoto.


O projeto foi criado com o objetivo de colocar no ar o máximo de informação útil o mais rápido possível, postando informações que sejam significativas - seja o dano e devastação, links para campanhas de angariação de fundos fiáveis, fotografias de pessoas desaparecidas para que possam ser distribuídas o mais amplamente possível, a cobertura de operações de salvamento e de socorro, iniciativas de cidadãos voluntários, links para recursos como quakemap.org ou outros artigos e imagens relevantes.

Enquanto o Instagram foi dedicado à representação visual desta crise, o grupo no Facebook tornou-se o centro nevrálgico onde, por exemplo, as chamadas para voluntários e avisos de pessoas desaparecidas são emitidos.

O grupo escolheu Instagram e Facebook, porque "está se tornando evidente que as pessoas tendem a consumir notícias e informações através de imagens", diz Dayal. "Nepal Photo Project é a nossa maneira de tentar garantir que os recursos visuais tornam-se mais funcionais e de natureza pessoal ao invés de apenas um pornô da devastação."


Fonte: Time