
Desde a adolescência sou apaixonada por fotografia, mas não pensava que se tornaria minha profissão, até porque geralmente as pessoas não incentivam para que os filhos se tornem fotógrafos profissionais.
A minha experiência como fotógrafa começou a partir da primeira atividade, que era de produtora fotográfica de publicidade. Dai fui tomando gosto por esta área, ganhei uma boa máquina, fiz um curso e abri meu estúdio fotográfico.
2) Então a partir daí já era sua forma de trabalho?
Como expliquei, primeiro nasceu a paixão, depois por trabalhar numa área onde o contato com fotografia era constante o desejo foi crescendo. Por conta de não achar importante que o trabalho deve ser escolhido apenas visando ganhar muito e, por sentir o quanto fotografar me estimulava, principalmente pelas múltiplas possibilidades que proporciona, eu mergulhei de cabeça nesta área.
3) O que você tenta buscar quando fotografa, há uma espécie de finalidade?
Quero passar para quem veja o meu trabalho a realidade do objeto em questão, tanto pessoas, como animais, coisas e fatos em si. Eu particularmente, busco a beleza e transmitir através das fotos alguma mensagem. Sim, também gosto de me sentir feliz com o meu trabalho.
4) Atualmente você trabalha na Prefeitura da Cidade do Recife, como é esse trabalho, há espaço para criar e buscar novos olhares neste ofício?
As pautas são as mais variadas possíveis. Posso num período curto ter que fotografar desde um simples recapeamento de ruas, como a construção de escolas, postos de saúde, limpeza de rios, obras que beneficiem a população em geral, como também os moradores do Recife no seu cotidiano e em festas tipo o Carnaval, São João e etc.
Sim, há espaço para criar e buscar novos olhares na minha atividade. Posso citar como exemplos: fotos do rio Capibaribe mostrando a situação ruim, o trabalho de limpeza sendo feito pela Prefeitura, mas não dá para deixar de ver e fotografar palafitas, gaivotas, pescadores trabalhando e enfim, outro lado da realidade local, muitas vezes tão forte e bonito.
5) Qual é a melhor época de fotografar a cidade?
Como adoro fotografar eventos artísticos, gosto mais das festas. Amo o Carnaval num todo: os shows, as apresentações de blocos, maracatus, os foliões curtindo fantasiados ou não, enfim tudo. Também tem as festas Juninas, festivais e tantos outros eventos.
A volta do Maracatu - Lú Streithorst |
6) Como você organiza seus arquivos fotográficos? Tem preocupação com isso?
Organizo meu material por pastas divididas por assuntos e datas. Creio que todo fotógrafo se preocupa em guardar da maneira mais pratica possível o fruto do seu trabalho, que são as fotografias.
7) O que a fotografia adicionou na sua vida pessoal?
Prazer em viver cada vez mais e trabalhar mais estimulada, já que faço o que mais gosto
8) Em relação a equipamentos, qual sua “máquina” preferida?
Nikon, com certeza. Ela tem sido minha companheira há pelo menos uns oito anos. Depois que a conheci percebi o quanto é pratica, fácil de manusear, de encontrar acessórios e assim por enquanto estou satisfeita. No futuro quem sabe faço uma experiência com equipamentos da Canon.
![]() |
Vista do Recife pelo Rio Capibaribe - Lú Streithorst |
Conheça mais o trabalho de Lú Streithorst, visite suas galeria no site Olhares ou Flickr.