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A fotografia de rua (“street photography”) não consiste em um conceito novo dentro da fotografia, mesmo possuindo uma face mais contemporânea. Esse gênero já existe há mais de um século, quando as câmeras portáteis começaram a se popularizar. Apesar de ser uma prática de longa data e supostamente sólida e aclamada, a fotografia urbana continua sendo incompreensível para muita gente, já que sua definição é bastante abrangente.
O conceito de fotografia de rua é basicamente o registro de eventos do cotidiano, retratando as pessoas em cenas corriqueiras do seu dia a dia. Tal gênero requer a aplicação de algumas técnicas, como introduzir as pessoas e/ou objetos dentro das paisagens urbanas e fazer com que ambos se tornem uma coisa só.
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O fotógrafo deve usar a rotina para contar histórias e passar uma mensagem, e para isso muitos acreditam que é preciso conhecer bem o lugar que será fotografado. Fazer parte dessa rotina pode ajudar a obter excelentes resultados, mas, ao mesmo tempo, se configura como um desafio – já que será preciso encontrar um olhar e ponto de vista diferenciados em meio à mesmice do que é visto todos os dias.
Um fotógrafo de rua tem de ter a habilidade de trabalhar em situações adversas, como pouca luz, espaço limitado e fora do controle. E não só: ele precisa ser o mais discreto possível. Tudo isso sem perder a atenção, pois um “shoot” perfeito leva frações de segundos. Umas das maneiras de driblar essas adversidades consiste em escolher muito bem o equipamento. Sendo assim, deve-se dar preferência para as lentes grande-angulares - a 35mm é uma ótima opção para esse segmento. Quanto ao corpo, é preferível optar por um equipamento mais leve, fácil de manusear e que possua um sensor que permita fotografar com ISO alto. Isso pois, em muitos momentos, as condições de luz serão péssimas e também é interessante se manter o mais silencioso possível (como já dissemos).
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O fotógrafo de rua não tem a flexibilidade de um estúdio que lhe permite controlar o espaço, a intensidade e a direção das luzes. Muitas vezes os cliques são feitos sob a luz direta do sol, e, para evitar o contraste dessa luz dura, os fotógrafos que trabalham em ambientes ao ar livre optam por utilizar um difusor. Entretanto, essa opção está fora de alcance para um fotógrafo de rua, que tem pouco tempo para tirar uma foto, quiçá montar um equipamento ou contar com a ajuda de alguém para segurá-lo! É nesse momento que a técnica e o conhecimento sobre o equipamento farão diferença! Um jeito muito criativo de se usar a luz solar em benefício próprio é por meio da fotografia em preto e branco, um dos estilos favoritos dos fotógrafos de rua. Com essa técnica é possível utilizar todo o contraste ocasionado pela luz do sol, o que proporcionará um efeito agradável nas fotos.
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Algumas cidades são privilegiadas quando o assunto é luz, e uma delas é Londres. A nublada capital inglesa conta com um difusor natural no céu! Nesse caso, as nuvens trabalham em prol do fotógrafo, deixando a luz do sol muito mais suave e tornando o ambiente perfeito para quem fotografa ao ar livre.
Já que estamos falando de Londres, para muitos essa cidade é uma das melhores quando o assunto é fotografia de rua, pois possui as mais variadas opções arquitetônicas, desde construções da era Vitoriana até prédios modernos, como o The Shard. Outro ponto positivo a ser capturado é a diversidade cultural da cidade: um rápido passeio pelas ruas londrinas é suficiente para encontrar pessoas de todos os cantos do mundo!
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Quer uma inspiração para começar? Uma das maiores referências na fotografia de rua é o fotojornalista Cartier Bresson, que desde o começo do século XX proporcionou ao mundo imagens que marcaram época. O francês tinha um estilo próprio e original que é facilmente reconhecido até hoje, e sua narrativa visual continua sendo uma grande influência para os novos fotógrafos do gênero.
Agora que já te demos alguns exemplos e dicas, que tal testar você mesmo?
