segunda-feira, 3 de março de 2025

Lol Crawley ganha o Oscar de Melhor Fotografia por “The Brutalist”

março 03, 2025 | por Resumo Fotográfico

Cena do filme “The Brutalist”, dirigido por Brady Corbet

Na noite desse domingo (2), Lol Crawley foi premiado com o Oscar de Melhor Fotografia por seu trabalho no filme “The Brutalist”, do cineasta Brady Corbet. A cerimônia de entrega do Oscar aconteceu no Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia.

Laurie “Lol” Crawley é um diretor de fotografia britânico e ficou conhecido por suas colaborações com o diretor Brady Corbet. Além do Oscar, Laurie ganhou também o British Academy Film Award e recebeu indicações ao ASC Awards e ao Critics' Choice Movie Award.

domingo, 2 de março de 2025

Indicados ao Oscar de Melhor Fotografia

março 02, 2025 | por Cid Costa Neto



Neste domingo (2), acontece a 97ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, no Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia. Os indicados ao Oscar 2025 foram anunciados no dia 23 de janeiro. Veja abaixo quem são os profissionais indicados ao prêmio de Melhor Fotografia:

Edward Lachman

O cineasta e diretor de fotografia norte-americano Edward Lachman ficou conhecido por sua parceria com o diretor e roteirista Todd Haynes, que lhe rendeu duas indicações: Em 2002, por “Far from Heaven”, e em 2015, por “Carol”. No ano passado, ele foi indicado por “El Conde”, do cineasta chileno Pablo Larraín. Neste ano, ele concorre por “Maria”, também dirigido por Larraín. No último domingo (23), ele foi premiado com o ASC Awards.

Cena do filme “Maria”, dirigido por Pablo Larraín

Greig Fraser

Em 2022, o diretor de fotografia australiano Greig Fraser ganhou o Oscar por seu trabalho em “Dune”, adaptação cinematográfica do romance de ficção científica do escritor americano Frank Herbert, dirigida por Denis Villeneuve. Filme que também lhe rendeu o ASC Awards. Neste ano, ele concorre pela sequência da adaptação, “Dune: Part Two”, também dirigida por Villeneuve.

Cena do filme “Dune: Part Two”, dirigido por Denis Villeneuve

Jarin Blaschke

Jarin Blaschke é um diretor de fotografia reconhecido por sua parceria com o diretor e roteirista Robert Eggers. Em 2020, ele foi indicado ao Oscar por seu trabalho no filme em preto e branco “The Lighthouse” (2019) e agora concorre por “Nosferatu” (2024). Ele também foi responsável pela cinematografia de filmes como “The Witch” (2015) e “The Northman” (2022).

Cena do filme “Nosferatu”, dirigido por Robert Eggers

Lol Crawley

Laurie “Lol” Crawley é um diretor de fotografia inglês. Ele é conhecido por suas colaborações com o diretor Brady Corbet. Ele concorre ao Oscar por seu trabalho em “The Brutalist”, filme que lhe rendeu o British Academy Film Award e uma indicação ao Critics' Choice Movie Award.

Cena do filme “The Brutalist”, dirigido por Brady Corbet

Paul Guilhaume

O diretor de fotografia francês Paul Guilhaume concorre pela primeira vez ao Oscar de Melhor Fotografia por seu trabalho no filme “Emilia Pérez”, do cineasta Jacques Audiard.

Cena do filme “Emilia Pérez”, do cineasta Jacques Audiard

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Exposição na Bulgária apresenta a cultura popular capixaba

fevereiro 20, 2025 | por Resumo Fotográfico



A partir desta deste sábado (22), a Mosaico Fotogaleria apresenta o projeto “Máscaras da Fé”, na cidade de Yambol, na Bulgária. A galeria levará trabalhos de Tadeu Bianconi e Gabriel Lordello, que foram convidados para um intercâmbio cultural pelo fotógrafo Krasimir Stoychev, proprietário da Stoychev Art Gallery.

O objetivo é levar o trabalho fotográfico dos brasileiros sobre a cultura popular capixaba, com foco nos personagens mascarados, e conhecer de perto o folclore búlgaro com a tradição dos Kukeri, os mascarados búlgaros, e depois fazer um diálogo entre essas culturas.

Os fotógrafos levarão uma exposição inédita, intitulada “Máscaras da Fé”, com registros dos mascarados da Folia de Reis de Muqui e do Congo de Máscara de Roda D'água em Cariacica. A mostra, que conta com 30 fotografias, acontecerá na Stoychev Art Gallery.
“Temos uma relação próxima com a Bulgária. Já realizamos cinco exposições em diferentes museus e galerias, desde capital Sófia à cidades do interior. Esse convite é um reconhecimento do nosso trabalho e uma oportunidade de fazermos um intercâmbio com fotógrafos e com a cultura local“, afirma Gabriel Lordello.


Durante a viagem, Gabriel e Tadeu irão fotografar o Festival Kukerlandia, que reúne centenas de Kukeris de todo o Leste Europeu. O Kukeri é um personagem que se veste com máscara e fantasia para espantar os maus espíritos e garantir uma boa colheita a cada ano. A Mosaico também pretende trazer uma exposição do fotógrafo Krasimir Sotychev para Vitória, proporcionando ao público capixaba conhecer mais de perto a cultura búlgara.
“Temos muito interesse na cultura búlgara. Já tínhamos visto imagens dos Kukeri na National Geographic, e percebemos um diálogo com os mascarados da cultura popular capixaba da Folia de Reis e do Congo de Máscara. Isso nos motivou a fazer essa pesquisa etnográfica”, diz Tadeu Bianconi.
Além da exposição, os fotógrafos darão um workshop de fotografia de rua compartilhando suas experiências desta prática fotográfica com os búlgaros e serão jurados de um concurso de fotografia folclórica que acontece na cidade.

SERVIÇO
Exposição “Máscaras da Fé”, de Gabriel Lordello e Tadeu Bianconi
Abertura: sábado, 22 de fevereiro de 2025
Visitação: de 25 de fevereiro a 25 de março de 2025
Horário: de segunda a sexta-feira das 10h às 18
Local: Stoychev Art Gallery - Yambol, Bulgária.
Informações: fotogaleria@mosaicoimagem.com.br

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

O impacto da inteligência artificial na produção fotográfica

fevereiro 10, 2025 | por Resumo Fotográfico

A evolução da IA transforma a maneira como as imagens são criadas e traz um debate sobre o papel do fotógrafo como autor e artista



Nos último anos, a Inteligência Artificial (IA) vem transformando a produção fotográfica de maneiras impressionantes. Desde a captura até a edição e o compartilhamento, a IA oferece ferramentas poderosas que otimizam o fluxo de trabalho, elevam a qualidade das imagens e abrem novas possibilidades criativas. Ela auxilia fotógrafos a automatizar tarefas repetitivas, como seleção de fotos, ajuste de cores e remoção de ruído, liberando tempo para se concentrarem em aspectos mais artísticos e conceituais. A IA também permite aprimorar imagens de maneira inteligente, identificando e corrigindo automaticamente problemas como exposição inadequada ou foco impreciso, além de gerar efeitos visuais complexos com relativa facilidade.

Além disso, a IA está impulsionando a criação de novas ferramentas e aplicativos que democratizam o acesso à fotografia de alta qualidade. Softwares com funcionalidades baseadas em IA permitem que mesmo fotógrafos amadores produzam resultados surpreendentes, antes acessíveis apenas a profissionais com equipamentos caros e habilidades avançadas. A capacidade da IA de identificar padrões, reconhecer objetos e prever resultados também está sendo utilizada para otimizar as configurações da câmera em tempo real, garantindo fotos mais nítidas e bem compostas em diversas situações.

No futuro, espera-se que a IA desempenhe um papel ainda mais central na produção fotográfica, com o desenvolvimento de algoritmos capazes de gerar imagens totalmente novas a partir de descrições textuais ou de combinar elementos de diferentes fotos de forma inteligente e original. Essa evolução da IA na fotografia não apenas transforma a maneira como as imagens são criadas, mas também questiona o papel do fotógrafo como autor e artista, abrindo um debate importante sobre a autenticidade e a originalidade da imagem na era digital.

Revolução criativa?

Assim como a fotografia revolucionou o mundo da arte e da produção de imagem no século XIX, a inteligência artificial (IA) emerge hoje como uma força disruptiva com potencial para redefinir esses campos. O paralelo é notável: a fotografia, inicialmente vista como uma ameaça à "arte verdadeira" e à expertise dos pintores, acabou por libertar os artistas das amarras da representação literal, abrindo caminho para novas formas de expressão e experimentação. Da mesma forma, a IA, com sua capacidade de gerar imagens complexas e estilos diversos, desafia as noções tradicionais de autoria e criatividade, forçando artistas e produtores a repensarem seus papéis e a explorarem novas fronteiras. Ambos os fenômenos trouxeram consigo debates sobre autenticidade, valor artístico e o futuro do trabalho criativo, impulsionando a inovação e a evolução estética em suas respectivas épocas. A fotografia não extinguiu a pintura, mas a transformou; a IA pode não substituir os artistas, mas certamente moldará o panorama da arte e da produção de imagem de maneiras que ainda estamos começando a compreender.

   

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Pequeno Encontro da Fotografia está com inscrições abertas

fevereiro 06, 2025 | por Resumo Fotográfico

Maria Vaz

A 10ª edição do festival Pequeno Encontro da Fotografia será realizada de 11 a 15 de março de 2025 e você pode se inscrever nas convocatórias, se tiver interesse em apresentar suas obras visuais e pesquisas para o público do evento, ou na seleção para as vagas das oficinas que serão ministradas por Maria Vaz (MG), Dirceu Maués (PA) e Mitsy Queiroz (PE) no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. Nos dois casos, o prazo termina no dia 11 de fevereiro de 2025.

As oficinas fazem parte da programação presencial do Pequeno Encontro da Fotografia, assim como a Ciranda Fotográfica, mas também há opções para quem só pode participar à distância. É o caso das atividades Apresentação de Portfólio e Espaço da Pesquisa, em que a exposição dos trabalhos ocorre por meio de transmissões ao vivo, e das Projeções, que são realizadas antes das palestras presenciais e não exigem a presença de artistas e coletivos no local da sessão.

Esta edição do Pequeno Encontro da Fotografia é promovida com recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e toda a programação tem acesso gratuito.

Convocatórias para a programação

A temática é livre, mas será dada prioridade a trabalhos que dialoguem com o tema da edição.

Apresentação de Portfólio (online) – Para exposição de portfólios em sessões de até 15 minutos, realizadas por meio de transmissão ao vivo, nais quais fotógrafos e artistas visuais comentam sobre processo criativo, inspirações e técnicas utilizadas, entre outras questões.
Convocatória: https://bit.ly/4ffKo5g
Formulário: https://forms.gle/NufCCG21SDz8bM6o9

Ciranda Fotográfica (presencial) – Para trabalhos diversos que tenham relação com a fotografia, tais como ensaios, fotolivros, obras em processo, performances e criações audiovisuais, que são apresentados para o público do festival em sessões de até 15 minutos com momento para troca de ideias.
Convocatória: https://bit.ly/4feGeKL
Formulário: https://forms.gle/B7s6eC5JeZFRqpm29

Espaço da Pesquisa (online) – Para textos acadêmicos, que serão publicados no site do festival e apresentados em painéis realizados por meio de duas transmissões ao vivo. Convocatória: https://bit.ly/4fh1U8U
Formulário: https://forms.gle/ASE5UhhN1vji2Rik7
Template: https://bit.ly/3OUqHF7

Projeções (presencial) – Para vídeos ou sequências de imagens simples, com até 3 minutos de duração, que serão exibidos antes das palestras.
Convocatória: https://bit.ly/4isdr8x
Formulário: https://forms.gle/7L3JpvUzv9D59N5m8

Seleção para a oficinas

As aulas serão realizadas no Mercado Eufrásio Barbosa, de 12 a 14 de março de 2025.

9h às 12h | “Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas”, com Maria Vaz (MG) – Esta oficina tem como objetivo ampliar as possibilidades do fazer fotográfico em encontro com outras linguagens e processos criativos, trazendo obras e reflexões que tensionam os limites da fotografia por meio de abordagens críticas, “anarquivismos” e fabulações poéticas. Como pensar a fotografia para além do registro fotográfico? Poderia ela ser incorporada ao meio ou, ainda, ser a própria materialidade daquilo que representa? Como partir de imagens que já foram feitas – bem como da escassez de certas imagens – retomando arquivos institucionais e privados a fim de pensar outras possibilidades narrativas? Quais são os limites da fotografia – técnicos, conceituais e narrativos – e como a incorporação de outras linguagens potencializa a criação e os modos de narrar?
Ministrante: Maria Vaz é artista visual e pesquisadora, doutoranda e mestra em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em seus trabalhos trata das relações entre memória, território e imaginário, através de fabulações críticas e poéticas, interseções entre imagem e palavra e o uso de arquivos públicos e privados. Foi indicada ao Prêmio PIPA 2023, contemplada pelo XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, selecionada pelo 9º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger e pelo 10º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Em 2023 foi premiada com a publicação do fotolivro “Ilustríssimos”, pela editora Porto de Cultura. É membro dos coletivos Women Photograph e Mulheres Luz e co-fundou o duo Paisagens Móveis, em parceria com Bárbara Lissa, com foco em temáticas que envolvem meio ambiente e ecocrítica. Com o duo realizou as individuais “Quando o tempo dura uma tonelada” e “Três Momentos de um Rio”, publicou os fotolivros “Três Momentos de um Rio”, pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e “Óris”, pela editora Selo Turvo. Também com o duo foi selecionada pelo 8º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38A

9h às 12h | “Fotografia Pinhole: da Construção da Câmera à Prática Fotográfica”, com Dirceu Maués (PA) – Esta oficina apresenta aos participantes a prática da fotografia pinhole, explorando o processo de construção de uma câmera artesanal e o registro de imagens em filme fotográfico. Através de atividades práticas e orientadas, os participantes serão guiados desde a construção de suas próprias câmeras até a captura, revelação e análise dos resultados.
Ministrante: Dirceu Maués vive entre Belo Horizonte e Montes Claros. É artista visual intermídia, doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2022), Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília (2015) e Bacharel em Artes Plásticas também pela Universidade de Brasília (2013). Atualmente é professor no curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Atuou como fotojornalista nos jornais impressos de Belém do Pará, entre os anos de 1997 e 2008. Desde 2004 desenvolve trabalho autoral nas interconexões entre a fotografia e outras linguagens artísticas (vídeo, instalações, intervenções urbanas, desenho e pintura), buscando discutir a questão da tecnologia através da invenção e utilização de dispositivos precários.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38A

14h às 17h | “Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia”, com Mitsy Queiroz (PE) – Esta oficina propõe reflexões sobre processos experimentais em fotografia que questionam as convenções da imagem técnica e as condições para o seu acontecimento, reformulando a perspectiva binária do fracasso como insucesso ou ausência de competência para operar a câmera em todos os códigos do seu dispositivo. Assim, ao revisar a fotografia como categoria de pensamento e seus principais paradigmas, analisaremos processos de criação que flexibilizam a rigidez da câmera, propondo apontamentos críticos sobre o programa fotográfico e a alta tecnologia da contemporaneidade, abrindo sobretudo margem para compreensão do fracasso como epistemologia de afirmação do erro e fenômeno de ruptura estética nos processos de arte y vida cuir em contexto sudaca.
Ministrante: Mitsy Queiroz é artista e pesquisador em processos experimentais de fotografia analógica, interessado na opacidade da imagem latente e seus mistérios, encoraja as afirmações do erro como fenômenos de ruptura e gestão da liberdade. Suas práticas refletem sobre a percepção do tempo, a transformação dos corpos e a conexão com a pesca artesanal. Atualmente, observa a relação de parentesco entre peixes e gentes, os movimentos de migração e a manifestação dos encantamentos entre as águas e a terra. Mitsy Queiroz é Mestre em processos criativos e sua abordagem multidisciplinar se destaca pelo envolvimento em práticas educativas e projetos colaborativos. Como artista visual, atua desde 2012, participando de mostras, salões, feiras de arte, programas de comissionamento de obras para galerias de arte e museus nacionais, residências artísticas, projetos de financiamento público e participação em importantes acervos como o da Pinacoteca de São Paulo.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38A

Mais informações: pequenoencontrodafotografia.com