Como foi o seu primeiro contato com a fotografia?
DT. Sempre fui um apaixonado por fotografia desde a minha adolescência e com 16 anos comecei um curso aqui em São Paulo e cada vez fui gostando e me dedicando mais, até que fui premiado em 4º lugar num concurso da Revista Playboy com mais de 3.000 fotos participantes de todo Brasil. Isso veio afirmar a minha trajetória na fotografia.
Muitos fotógrafos preferem se restringir a alguns segmentos. Você, no entanto, é conhecido por ser bastante versátil, atuando em diferentes áreas. A que você deve essa qualidade?
DT. A minha maior escola onde abri meus horizontes foi um estágio que consegui no Estudio de Fotografia da Agência DPZ em 1985, uma das mais importantes e premiadas agências do Brasil na época, e lá eu via todos os tipos de fotos desde produtos até moda e isso foi me dando um versatilidade muito grande.
Você é de uma geração que se formou com o filme. Quando surgiu o digital, alguns fotógrafos se mostraram céticos. Como foi a sua transição para esse novo suporte?
DT. Também fui muito resistente no início, até que tive a minha primeira experiência com o digital e a transição foi se fazendo naturalmente, mesmo porque o conceito da fotografia não mudou, apenas a ferramenta.
Em 2008 você foi convidado pela Editora Europa para escrever o livro “Como Fotografar Nu, Sensualidade e Fine Art”. Como foi isso?
DT. Foi uma experiência muito boa, no entanto que tenho projetos de lançar outros livros; mesmo porque ele ficou totalmente esgotado no 1º ano e muita gente pede e quer.
Durante seus workshops e palestras você faz questão de apresentar sua equipe de trabalho. Qual a importância disso pra você, pessoalmente?
Durante seus workshops e palestras você faz questão de apresentar sua equipe de trabalho. Qual a importância disso pra você, pessoalmente?
DT. Claro que sim, pois são profissionais muito importantes para um trabalho de moda, nu e sensualidade que preparam e realçam a beleza dos modelos sob minha orientação, para que eu possa desenvolver o meu trabalho perfeitamente.
Você foi aplaudido de pé após a sua palestra no Nu Photo Conference. Você esperava por esse sucesso?
DT. Não imaginava que fosse ter uma repercussão tão grande, foi muito gratificante!
Você citou a importância que se deve ter com a iluminação de uma foto. Além da luz, que outros aspectos você considera mais importante para uma boa foto?
DT. Quando se trata de moda, nu e sensualidade, existe um conjunto de coisas muito importantes que se juntam para um resultado final de qualidade. A parte técnica como iluminação, o bom gosto na produção e maquiagem, a direção da modelo, a composição do cenário, tudo isso se interliga para uma excelente foto.
Você tem ministrado workshops desde 2000. Como foi que surgiu essa idéia de ensinar?
DT. Depois de alguns ensaios que realizei para as Revistas Vip e Playboy, muitas pessoas me mandavam e-mails elogiando e dizendo que as minhas fotos eram as melhores da revista, que eu devia fazer mais ensaios e se eu não ministrava workshops. Até que, quando eu fiz um ensaio de Capa para a Revista Playboy, resolvi mostrar no meu 1º workshop como eu havia feito e lotou uma locação com 55 pessoas, alunos, estudantes e fotógrafos para ver.
A responsabilidade é maior, ensinando jovens fotógrafos?
DT. Não, é igual como para todo trabalho que realizo; “quando se tem o conhecimento necessário e se é honesto em dizer e ensinar o que você realmente sabe e como realmente trabalha, sem esconder nada para aqueles que te procuram na ânsia de aprender e se aperfeiçoar; não tem o porque ter mais responsabilidade do que normalmente se têm”!
O Miro uma vez disse que não leva câmera quando sai de férias. E você? Está sempre fotografando ou precisa se desligar disso?
DT. “Quando se é apaixonado pelo que se faz como eu sou, nunca tiro férias da fotografia, apenas da responsabilidade dos trabalhos comerciais e publicitários que realizo; da fotografia nunca; ela está dentro de mim”!
Para conhecer melhor o trabalho de Drauzio Tuzzolo, acesse: www.drausiotuzzolo.com.br
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| Foto: Drausio Tuzzolo |
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