quinta-feira, 13 de agosto de 2015

ARFOC-MG publica nota de repúdio à ação da Polícia Militar

agosto 13, 2015 | por Resumo Fotográfico

A ARFOC-MG publicou nesta quinta-feira (13), através da sua página no Facebook, uma nota de repúdio à ação da Polícia Militar durante a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, que ocorreu ontem, no centro de Belo Horizonte.

O ato organizado por integrantes do Movimento Tarifa Zero, Passe Livre e de outros movimentos sociais teve início no quarteirão fechado na praça Sete, no Centro, às 17h. Com mais de mil pessoas, a passeata teve início às 18h pela Avenida Afonso Pena. Na altura da rua da Bahia, próximo a avenida Augusto de Lima, o Batalhão de Choque fez um cerco e impediu a passagem dos manifestantes exigindo que parte da pista fosse liberada. Uma grande confusão foi formada e alguns militares realizaram disparos de bala de borracha e bombas contra os manifestantes.

O repórter fotográfico do jornal O Tempo, Denilton Dias, foi atingido por uma bala de borracha em uma das pernas. Uma manifestantes que preferiu não ser identificada informou que os "militares atiraram desordenadamente".

Segundo nota da ARFOC-MG, o estudante de fotografia Pedro Castro teve sua câmera roubada durante o cerco feito aos manifestantes que foram encurralados dentro do Hotel Sol.

Leia abaixo a nota da ARFOC-MG na integra:

NOTA DE REPÚDIO

A ARFOC-MG está indignada com a atitude da Polícia Militar na repressão ao ato contra o aumento de tarifa ocorrido ontem à noite em Belo Horizonte. Agressões, intimidação, prisões arbitrárias e uma série de atitudes que não podem ser toleradas em uma sociedade democrática.

O fotógrafo Denilton Dias, do Jornal O Tempo, foi agredido de maneira covarde e está de licença médica por 7 dias, impossibilitado de exercer sua profissão. Não conseguimos imaginar censura maior do que essa à prática do jornalismo.

O estudante de fotografia Pedro Castro, com apenas duas semanas na atividade fotográfica, teve sua camera roubada durante o cerco feito aos manifestantes que foram encurralados dentro do Hotel Sol.

Manifestamos nossa indignação e, como jornalistas de imagem, estaremos literalmente de olho nas arbitrariedades cometidas contra o livre exercício da nossa profissão.

ARFOC-MG