50 mil negativos e diapositivos desapareceram de uma sala que o fotógrafo argentino Daniel Mordzinski usava no edifício do jornal Le Monde, em Paris.
Grande parte do trabalho do fotógrafo argentino Daniel Mordzinski, negativos e diapositivos originais que nunca chegaram a ser digitalizados, desapareceram de uma sala do edifício do jornal Le Monde em Paris, ocupada pelo correspondente do jornal espanhol El País, Miguel Mora. O arquivo contava com mais de 50 mil fotografias tiradas entre 1978 e 2006.
O ocorrido se deu no dia 7 de março, quinta-feira. Na segunda-feira, quando o fotógrafo enviou uma mensagem a partir de Paris para os seus amigos, que pode ser lida em seu site, onde dava conta do que lhe tinha acontecido.
O fotógrafo conta que no dia, Mora, chegou a esse escritório no Le Monde e verificou que o mesmo tinha sido esvaziado sem aviso. Ao tentarem descobrir o que tinha acontecido, os repórteres encontraram o móvel que o fotógrafo utilizava como arquivo, vazio num sótão do edifício. Não se sabe ao certo o que teria acontecido, mas é possível que o destino do trabalho tenha sido o lixo.
“Ninguém sabe nem quer saber por que decidiram fazer ‘desaparecer’ o trabalho de toda a minha vida. Milhares de fotografias tiradas durante 27 anos. Vinte e sete anos de esperas, de nós na garganta, de noites em branco, revelações angustiantes.” - escrevia Daniel Mordzinski na mensagem.
Em comunicado divulgado terça-feira (19) à noite, o Le Monde lamentou que Mordzinski, “depois de ter decidido depositar os seus arquivos na sede do diário sem avisar ninguém do Le Monde, descarregue no jornal toda a responsabilidade do incidente, e que tenha posto em marcha uma campanha” nas redes sociais.
Fonte: Público