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Na última sexta-feira (22), o fotógrafo catarinense Juliano Coelho, conhecido nacionalmente por seus ensaios femininos sensuais, tornou-se alvo de mais de uma dezena de denúncias de assédio, constrangimento e até estupro. Ele é acusado de aproveitar-se das posições de fotógrafo e professor para abusar de modelos e alunas. Os relatos foram reunidos em um perfil no Instagram.
Com um vasto portfólio e dezenas de milhares de seguidores nas redes sociais, o fotógrafo era considerado referência em ensaios femininos. Casado, pai de duas meninas, se apresentava em seu site como alguém tentando transformar a vida das mulheres por meio dos seus registros. Tal transformação aconteceria a partir de um método que ele chamava de “retratoterapia”.
Segundo a descrição em seu site, a “retratoterapia” consistiria em uma “sessão exclusiva onde a modelo teria a chance de se conectar com sua vida, sua beleza e a natureza através de retratos”. Para melhor aproveitamento da sessão, ele recomendava às clientes que a experiência deveria ser algo único entre o fotógrafo e a retratada.
Depois do desabafo da fotógrafa Camila França, que postou nas redes sociais um manifesto contra fotógrafos abusadores, as vítimas de Juliano parecem ter se sentido encorajadas a compartilhar suas experiências. Algumas anonimamente, outras que não se importaram em mostrar o rosto e as mensagens trocadas entre elas e o fotógrafo.
A denúncia mais grave e antiga data de julho de 2014. Durante um ensaio em um hotel no centro de São Paulo, ele teria estuprado a modelo. Segundo ela, para se justificar logo após o ato, Juliano teria dito que o que houve “foi um acidente de percurso” e pediu para que ninguém soubesse do ocorrido, já que tinha uma carreira, esposa e filha.
Na segunda-feira (25), Juliano deixou um último pronunciamento através do seu site avisando que se desligou das redes sociais para cuidar e proteger a sua família. Ele também afirmou que a fotografia agora fazia parte do seu passado. Leia abaixo:
