
Morreu nesta quinta-feira (7), aos 70 anos, a fotógrafa paulistana Rosa Gauditano, vítima de um infarto. Rosa ficou conhecida por seu trabalho de documentação de pessoas marginalizadas. Nas décadas de 1970 e 80, documentou a comunidade lésbica no Ferro's Bar e na boate Dinossauros, em São Paulo e atuou como fotojornalista registrando levantes sociais como as greves no ABC Paulista, o movimentos das mulheres e a vida de crianças de rua e prostitutas.
Rosa Jandira Gauditano nasceu em São Paulo, em 1955. Ela estudou jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero entre 1974 e 1975. Iniciou sua carreira como fotógrafa profissional em 1977, trabalhando para o jornal Versus, onde mais tarde se tornou editora de fotografia. Em 1984, atuou como fotojornalista da Folha de São Paulo. No ano seguinte, fundou sua própria agência de fotografia, a Fotograma.
Em 1991, fez contato com os Xavantes, ao cobrir uma pauta para a revista Terra sobre jovens alemãs de uma ONG que ajudavam a comunidade indígena de Pimentel Barbosa, no Mato Grosso. Foi o início de um projeto documental que durou 15 anos.
As obras de Rosa Gauditano integram importantes acervos, como o do Conselho Mexicano de Fotografia e o do Masp, o Museu de Arte de São Paulo. Participou de muitas exposições individuais e coletivas no Brasil, Londres, França, México, Itália, EUA e China.