domingo, 14 de dezembro de 2025

Portfólio em Resumo: Natália Nunes

dezembro 14, 2025 | por Resumo Fotográfico

A artista Natália Nunes produz em seu corpo de trabalho uma série de pesquisas envolvendo corpo, autoimagem e sexualidade. Por vezes atuando como fotógrafa e outras como modelo ou performer, desenvolvendo em colaboração com outros artistas, trabalhos em vídeos-arte, séries fotográficas e performances.

Casulo

Delicate

Femme

Joia

Soledad

Dolorosa

Sobre a fotógrafa

Natural de Belo Horizonte, Natália Nunes é artista e psicóloga. Produz desde 2006 pesquisas com autorretratos envolvendo corpo, autoimagem e sexualidade da mulher. Também é fotógrafa de paisagens urbanas, retratos e espetáculos de dança e teatro. A partir de 2011, atua como modelo/performer desenvolvendo, em colaboração com outros artistas, trabalhos em vídeos-arte, séries fotográficas e performance pública. É formada em Psicologia pela UFMG (2016). Atualmente segue se dedicando principalmente à sua pesquisa com autorretratos e ao estudo de fotoperformance.

Para conhecer mais sobre seu trabalho, acesse seu Instagram.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

“A Pele da Cachoeira” de Andréia Kris

dezembro 12, 2025 | por Resumo Fotográfico


O ensaio “A Pele da Cachoeira”, da fotógrafa porto-alegrense Andréia Kris, é uma obra que transcende a representação do nu artístico. Realizado em 2003, no Rio de Janeiro, o trabalho em preto e branco estabelece um diálogo íntimo entre o corpo humano e a natureza.
“Entre pedra e água, o corpo reencontra sua origem.
A pele torna-se extensão da rocha, a respiração se mistura ao som líquido que corre.
Não há fronteira entre humano e natureza — apenas o gesto ancestral de pertencer.
A luz desenha silêncios, revela texturas, cria passagens entre sombra e claridade.
Cada gota reflete o instante em que o corpo deixa de ser forma para ser fluxo.
Neste encontro, o nu não é exposição, é essência.
É a paisagem lembrando que tudo o que vive tem superfície, pulsação e entrega.”












Sobre a fotógrafa

Formada em Pedagogia pela UFRGS/RS e integrante do Fotoclube Porto-alegrense, Andréia Kris começou a fotografar em 2003, e grande parte do seu acervo inicial foi registrado em filme preto e branco. Após um longo período afastada, retornou à fotografia em 2022.
“Em cada imagem, busco expressar um fragmento da minha forma de ver o mundo. Por trás das lentes, procuro captar não apenas a cena, mas as sensações que dela emergem — os pensamentos e emoções que cada momento desperta em mim.”
Para conhecer mais sobre o trabalho de Andréia, acesse seu Instagram.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Resultado da Convocatória Portfólio em Resumo #6 “Nu & Sensualidade”

dezembro 10, 2025 | por Resumo Fotográfico


“Ballet”, de Léo Tafuri

O Resumo Fotográfico tem o prazer de anunciar os fotógrafos que foram selecionados através da Convocatória Portfólio em Resumo. Para essa edição adotamos como tema “Nu & Sensualidade”.

Andréia Kris - Porto Alegre, RS
Léo Tafuri - Belo Horizonte, MG
Natália Nunes - Belo Horizonte, MG

Os trabalhos selecionados serão publicados em nosso site, em português e em espanhol.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Exposição celebra 2.500 anos de Nápoles sob fogos, cores e luzes

dezembro 08, 2025 | por Resumo Fotográfico

A mostra encerra o calendário de exposições de 2025 no Polo ItaliaNoRio



A partir desta quinta-feira (11), o público poderá apreciar no Polo ItaliaNoRio 20 obras fotográficas de formato médio, além de um vídeo-documentário de 18 minutos, retratando um dos rituais coletivos mais emblemáticos e belos do Mediterrâneo: a noite de Réveillon em Nápoles. É quando o povo napolitano transforma, por algumas horas, o temor ancestral do vulcão Vesúvio em uma festa de luz feita de centenas de milhares de fogos de artifício - tradição também cultuada na cidade do Rio de Janeiro.

As obras não descrevem: evocam nuvens, criaturas e constelações que emergem da escuridão em uma explosão de formas e cores. A exposição no Rio celebra não apenas Nápoles, mas o diálogo entre duas cidades irmãs, unidas pela mesma linguagem de luz e festa.

O Réveillon de Copacabana dialoga perfeitamente com essas imagens. Assim como Nápoles, o Rio reconhece o poder simbólico dos fogos: o mar, a música, a multidão, a catarse da noite que se acende, invadida por promessas. Dois povos distantes que, nesta mesma noite, se mobilizam em torno do mesmo gesto e transformam o medo em beleza, a expectativa em esperança e a escuridão em luz.
“Os napolitanos exorcizam o temor pela erupção do vulcão, fazendo explodir em luzes e cores todo o golfo de Nápoles”, afirma Mario Amura. “Todo dia 31 de dezembro, subo o Monte Faito com uma equipe de amigos para observar esse rito coletivo. Lá do alto, a cidade se transforma em um horizonte invertido, em uma paisagem cósmica onde os fogos se tornam pinceladas de pura emoção”.


Nápoles completa 2.500 anos e se ilumina para se mostrar ao mundo

Nas fotografias de Amura, é subvertido o imaginário iconográfico do Vesúvio, símbolo eterno de Nápoles. Enquanto nas pinturas a guache e nas obras-primas de Turner, Marlow, Volaire e Warhol o vulcão é colorido pela lava que o cobre, em “Napoli Explosion”, o Vesúvio surge como uma sombra silenciosa, submersa pela explosão dos fogos nas celebrações de Ano Novo.

“’Napoli Explosion’ é uma exposição em que a fotografia, a pintura e a arte pirotécnica convergem em um único e extraordinário evento. É o presente de Ano Novo que Mario Amura oferece à cidade de Nápoles”, diz Sylvain Bellenger, ex-diretor do Museu e Real Bosco di Capodimonte.

“O aspecto de Napoli Explosion que mais impressiona é a sua ‘coralidade’”, observa o historiador de arte e professor Salvatore Settis, presidente do Comitê Científico do Louvre. “Durante a noite da virada do ano, a cidade de Nápoles vibra com milhares, dezenas de milhares, talvez centenas de milhares de pessoas que fazem explodir ou assistem à explosão desses fogos de artifício, sem saber que estão contribuindo para uma obra pictórica coletiva”.

Um relato de luz, uma festa universal

Amura captura o tempo da luz, que acaba por se tornar o gesto da pincelada. O efeito transformador da realidade posto em prática em Napoli Explosion prova que a fotografia possui uma zona imaginária própria, uma liberdade tão grande que nem mesmo o fotógrafo consegue controlá-la. Napoli Explosion é resultado de treze anos de trabalho: cada fotografia é uma estratificação de tempo e luz, uma pintura fotográfica que une a precisão do fotojornalismo à sensibilidade da pintura.



Sobre Mario Amura

Nascido em Nápoles, em 1973, sua formação começou no Centro Sperimentale di Cinematografia, onde frequentou as aulas do mestre Giuseppe Rotunno.

De 2000 a 2012, foi responsável pela direção de fotografia de várias obras cinematográficas apresentadas nos mais prestigiados festivais internacionais - Cannes, Berlim e Veneza. Em 2003, recebeu o Prêmio David di Donatello da Academia Italiana de Cinema pelo curta-metragem Racconto di Guerra, ambientado na Sarajevo sitiada de 1996.

Desde 2005, trabalha no projeto StopEmotion, com o qual inicia uma pesquisa fotográfica voltada para a fragmentação da linearidade do tempo cronológico em picos emocionais. O tempo, assim, se purifica, deixa de ser uma medida e se torna um objeto concreto cuja essência é a visibilidade das emoções. Com a técnica do StopEmotion, reuniu material fotográfico na Bósnia, Índia, China rural, Camboja, Sri Lanka, América Latina, Inglaterra e França. Seus projetos de fotojornalismo são marcados pela necessidade de amadurecimento ao longo de extensos períodos de tempo, permitindo que a experiência se deposite em cada imagem. Desde 2007, trabalha no projeto Fujenti, que se encontra em andamento.

Para saber mais sobre o artista, acesse seu site ou Instagram.

SERVIÇO
Exposição “Mario Amura: Napoli Explosion. Fogos, Cores, Luzes”
Data: de 11 de dezembro de 2025 a 7 de fevereiro de 2026
Horário: de segunda a sexta, de 8h às 17h; aos sábados, de 10h às 17h
Local: Polo Cultural ItaliaNoRio – Casa d’Italia – Av. Pres. Antônio Carlos, 40, Rio de Janeiro/RJ

sábado, 8 de novembro de 2025

Dicas de fotografia: perspectiva e profundidade

novembro 08, 2025 | por Resumo Fotográfico

Leia abaixo um artigo da SnapSchool, que faz uma análise da fotografia de Andy Howe e apresenta algumas dicas práticas para alcançar este resultado:

Andy Howe

Essa foto conta uma história de tensão, paciência e sobrevivência — sem precisar de uma única palavra. O foco do leopardo e os gnus atentos ao fundo criam um momento carregado de expectativa. É possível sentir a quietude antes da ação, e essa carga emocional é exatamente o que torna esta imagem poderosa.

O poder da perspectiva

A fotografia foi tirada de um ângulo baixo, quase na altura dos olhos do leopardo. Essa escolha simples dá ao espectador um lugar na primeira fila para o drama e adiciona uma sensação de intimidade e perigo.

Dica: Ao fotografar animais selvagens, abaixe o ângulo de disparo. Isso traz o sujeito para o mundo do espectador e torna a imagem mais imersiva e vívida.

Profundidade e separação

O leopardo está em foco nítido, enquanto os gnus se desfocam suavemente no fundo — um uso perfeito da profundidade de campo para criar separação. Isso guia o olhar do espectador instantaneamente para o sujeito, mantendo o contexto do ambiente.

Dica: Use uma abertura maior (em torno de f/4–f/5.6) para isolar o assunto, mantendo detalhes suficientes no fundo para contar a história.

Contando histórias através da tensão

Em termos de composição, o fotógrafo capturou com perfeição o momento antes do acontecimento. Essa sensação de "o que vem a seguir?" mantém a atenção do espectador por mais tempo do que um momento de ação em si.

Dica: Antecipe a história. Na fotografia de vida selvagem, não se trata de perseguir o momento, mas sim de prevê-lo. Observe o comportamento, a linguagem corporal e o ritmo para saber quando a mágica está prestes a acontecer.

3 erros comuns a evitar

Fotografar de muito longe: Usar muito zoom achata a imagem. Aproxime-se (com segurança) ou use lentes mais longas com cuidado para manter a perspectiva.

Exagerar na edição de cores: Animais selvagens vivem em tons naturais; mantenha o contraste e a saturação realistas para preservar a autenticidade.

Centralizar o assunto: Desloque o animal ligeiramente usando a regra dos terços. Cria fluidez e dá espaço para o movimento implícito.

Consideração final

Esta fotografia funciona porque captura mais do que a vida selvagem — captura o instinto. Grandes imagens da vida selvagem nos lembram do equilíbrio da natureza e dos momentos de tranquilidade entre a quietude e a ação. Quando a paciência encontra o momento certo, a natureza conta a história por você.

Fonte: SnapSchool by Viewbug