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sábado, 15 de dezembro de 2018

Fotógrafo de moda inspira-se no movimento barroco

dezembro 15, 2018 | por Gabriela Brina

Ao observar os trabalhos do fotógrafo alemão Marcel Nestler, é necessário olhar mais a fundo. Em seus retratos de moda, há uma ternura, uma vulnerabilidade. Atraído pela beleza imperfeita, excêntrica e curiosa, o fotógrafo berlinense encontra inspiração no movimento barroco. Para Nestler, a profundidade, as composições e histórias que eles puderam contar com apenas uma imagem, numa época que não havia foto ou vídeo, é surpreendente.

Começando sua carreira estando na frente da lente, como um modelo, Marcel viajou o mundo e desenvolveu um fascínio profundo pela diversidade de culturas que ele experimentou. Nascido na Alemanha Ocidental, em uma de suas cidades mais pobres, a fotografia era um caminho para uma nova vida e para criar as visões que antes só conseguia desenhar.

“Minha estética se baseia na fragilidade na aparentemente
forte humanidade.”











Fonte: HUNGER TV

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A íntima adolescência pelas lentes de Siân Davey

dezembro 04, 2018 | por Gabriela Brina


Quando a enteada de Siân Davey, Martha, a perguntou por que não estava tirando mais fotos dela, Davey foi pega de surpresa. Siân passou anos desenvolvendo “Looking for Alice”, um projeto de documentário sobre sua filha mais nova, que nasceu com Síndrome de Down. Ganhou elogios e prêmios, trazendo questões de política social para o centro das atenções. Com isso, a fotógrafa presumiu que seus outros filhos estavam aliviados por não ter a câmera focada neles. Mas na realidade, Martha, de 16 anos, sentiu-se um pouco excluída.

Isso abriu as portas para outro projeto: aquele em que Siân mudou de mãe para fotógrafa, desfrutando do acesso desenfreado a um mundo que a maioria dos adolescentes tenta manter em segredo. Abrangendo dois anos, as imagens da série fotográfica vencedora do Prix Virginia 2016, “Martha”, capturam a vida adolescente na zona rural de Devon, pela costa sul do Reino Unido.


Na série há ressacas e cortes de cabelo, natação de topless e lágrimas no telefone. Mas também há trocas entre ambos os lados da câmera, muitas vezes refletidas pelo olhar de Martha. Algumas imagens se sentem crus e inocentes, outras sábias e cansadas. E, por mais que forneçam uma visão íntima de um momento complexo da vida, elas dizem muito sobre a relação entre madrasta e enteada.
"Através do processo de trabalho em conjunto nesta série até agora, percorremos paisagens psicológicas enquanto exploramos o que nosso relacionamento significa. Nós duas nos espelhamos mutuamente, ambas nossas mães nos amavam, mas foram sentidas como ausentes, isso se tornou um terreno comum para seguirmos em frente."
No início do projeto Davey fotografou predominantemente no espaço doméstico, mas com o passar do tempo, passou a trabalhar cada vez mais em um mundo que os adolescentes habitam e os adultos não, em suas festas, quartos de amigos, reuniões e assim por diante. Por isso, é essencial para o trabalho calibrar os papéis de parente e fotógrafa - ganhar confiança, saber quando está sendo invasiva, receber certas permissões mais literais ou em níveis mais sutis.

Enquanto este projeto é sobre crescer, se individualizar e se tornar um adulto, ele também é sobre um ponto específico no tempo em que você tem ambos criança e adulto no mesmo corpo, e é por isso que é um momento tão complexo e potencialmente confuso. Durante este período de transição, há uma "janela" muito curta e específica, quando uma pessoa pode se comportar de uma forma livre do peso das expectativas e normas da sociedade. Em pouco tempo a janela se fecha e podemos esquecer como já foi se sentir "sem restrições".




















Fontes: Huck Magazine, Prix Virginia

sábado, 1 de dezembro de 2018

A vida e a morte na obra de Lori Cicchini

dezembro 01, 2018 | por Gabriela Brina


Lori Cicchini é uma criativa fotógrafa de retratos de Canberra, Australia. Em seus trabalhos, Lori é característica por desenvolver um teor narrativo e emotivo, criando projetos que são repletos de imagens “sombrias e provocadoras”, mas ao mesmo tempo “pacíficas e belas”.

Em sua série mais recente, “The Human Condition”, Lori explora a crua realidade da condição humana da vida e da morte. Através de diferentes elementos associados à essa condição, como o uso de referências religiosas ligadas à história de Adão e Eva, a participação de bebês no ensaio e a imagem de esqueletos, a temática do projeto se solidifica e se mostra criativa em suas diversas formas de representar a efemeridade humana.

Para reforçar ainda mais a ideia da série, a fotógrafa manipula suas imagens para produzir um efeito parecido ao da pintura, criando a aparência de derretimento da superfície externa, como a pele, que funciona como uma forma de remodelar a condição humana.










terça-feira, 27 de novembro de 2018

Fotógrafa cria série de imagens de mortes bizarras ensaiadas

novembro 27, 2018 | por Gabriela Brina

Criada pela fotógrafa Daniela Edburg, a série de fotos "Drop Dead Gorgeous" captura em suas imagens a morte em suas formas mais bizarras. O projeto teve início em 2001 em sua tese para a faculdade de arte na qual é formada e, de início, Edburg queria fazer uma série de remakes de suas pinturas favoritas.

A primeira tentativa foi ensaiar uma morte por shampoo, inspirada pela morte de Marat por Louis-David. Mas a fotógrafa conta que sentia não ter ainda a capacidade de fazer reproduções neoclássicas. A partir disso, ela decidiu modificar seu tema de tese para ser sobre a relação entre o glamour e a morte. Através da cor, composição e humor você pode criar a ilusão de que algo é esteticamente agradável quando, na realidade, pode ser horrível ou grosseiro.

Edburg conta que a série não é realmente sobre os produtos, mas a relação de amor e ódio que temos com eles. Quando você olha para um belo pacote de Oreos, tudo é novo, brilhante e atraente. Há sempre a promessa da doçura e do prazer, e então quando você vai e come tudo, o que você acaba tendo são dores de estômago, migalhas e lixo.
"Eu acho que a morte é muito sedutora. Isso nos faz apreciar a beleza em tudo o que é efêmero. Eu acho que Baudrillard já disse que nós seduzimos com a nossa fraqueza. Quando somos mais frágeis do que no momento em que estamos perdendo nossas vidas?"











Fonte: The Morning News