quarta-feira, 30 de março de 2016

Fotos corporativas podem ser conceituais e criativas

março 30, 2016 | por Anônimo


Fotografias corporativas são tidas como iguais e monótonas. Costumam mostrar o ambiente da empresa e as pessoas que nela trabalham de forma engessada, com sorrisos pouco espontâneos. Muitos profissionais da fotografia se limitam a esse tipo de clique por estar na zona de conforto ou por exigência da organização contratante, mas é sempre bom quebrar o tabu de que esse tipo de trabalho tem de seguir esse padrão.

Rogério von Krüger, fotógrafo corporativo, acredita que “É mais fácil fazer fotografias corporativas com pegada conceitual e criativas do que se imagina”. O segredo é tentar captar a essência da companhia do cliente e também dos funcionários. “Treine seu olhar e extraia a beleza da rotina, a espontaneidade nas ações mecanizadas do dia a dia”.

Vencendo o contratante


Entretanto, isso pode não ser tão simples do ponto de vista do gosto do contratante. Os empresários estão muito acostumados a fotos corporativas que mostrem apenas o essencial: a estrutura da companhia e os colaboradores em serviço ou mostrando satisfação com o emprego. Por isso, é difícil tentar convencê-los de que um trabalho mais artístico pode ter um resultado final mais próximo às expectativas.

“Eu costumo selecionar os meus trabalhos corporativos de acordo com o tamanho da liberdade criativa que me dão para realizá-lo. Eu penso bem se a sessão vai ser satisfatória para ambos e se aquele trabalho vai, de fato, enriquecer o meu portfólio e minha experiência como fotógrafo também”, relata von Krüger.


É claro que quem está iniciando agora na profissão não pode se dar ao luxo de rejeitar um trabalho, ainda mais bem remunerado, mas é fundamental entender que, aos poucos, pode-se sugerir outra forma de tirar fotos melhores.

Rogério ressalta ainda que “Fazer um trabalho corporativo mais conceitual não é uma regra nem uma forma mais bonita e competente de fazê-lo. É uma forma diferente e pouco explorada, mas não significa que seja a ‘correta’. Afinal, não existe certo e errado na arte”.