Fotolivro explora o fetishe masculino sobre lésbicas ~ Resumo Fotográfico

“Lesbians for Men” apresenta imagens de mulheres heterossexuais fazendo sexo homossexual diante da câmera - em artigo para a Dazed, Anna Freeman explora porque essa é uma das tendências mais antigas da pornografia

Araki Nobuyoshi

As lésbicas, ou mais corretamente mulheres agindo como lésbicas, sempre tiveram um apelo duradouro para a cultura heteronormativa masculina; A ideia de que as mulheres deem prazer uma a outra é muitas vezes tratada como uma orientação sexual fugaz que pode ser interrompida por um pênis na sala. Falso sexo lésbico na tela, em revistas e na internet é o prato proverbial do dia, com inúmeras modelos e artistas fazendo papel de gay por dinheiro para satisfazer uma sede de meninas promíscuas e aventureiras que vão fazer qualquer coisa para gozar. Vamos ser claros sobre uma coisa: quase toda a pornografia é feita para a fantasia masculina (exceto por alguns cineastas pioneiros pro-femininas) e o uso habitual, ou apropriação, dese binarismo sexual está longe de ser revolucionário. Na verdade, essas meninas sexualmente livres, são o subproduto de um olhar voyeurístico que valoriza a excitação dos homens acima de tudo.

Este fenômeno tem sido documentado há séculos, mas Dian Hanson, editora de livros sensuais da Taschen e “Rainha da Obscenidade”, está lançando a tampa sobre a falsa representação lésbica com seu novo livro, “Lesbians for Men”. Página após página vemos fotos com estilo, caprichosas e inventivas fotografias de meninas que se beijam, acariciam e gozam, tudo em um dia de trabalho. Hanson tem desfrutado de uma carreira de publicação sem paralelo na indústria pornô e fetiche, fundando a revista hardcore Puritan na década de 1970 e à frente de uma série de revistas masculinas, incluindo Big Butt , Juggs , e Leg Show. Desde 2001, depois de uma série de eventos infelizes e do declínio da indústria de revistas, ela foi escolhida pela editora alemã Benedict Taschen.

“Lesbians for Men” é uma abordagem franca e sem restrições de Hanson a esta tendência bem estabelecida, mas mal compreendida, e ela certamente não está preocupada se vai ofender alguém. “O sexo lésbico falso tem sido sub-representado ou mal representado por escritores", diz ela. “Os livros saem dizendo que as meninas aparentemente bissexuais estão apenas explorando suas fantasias, e eu vejo isso e digo 'besteira'”. A postura histórica e antropológica de Hanson dá nova vida a uma narrativa torcida enquanto ela remonta suas origens desde 1890 até os dias de hoje. Os fotógrafos contemporâneos presentes no livro incluem Nobuyoshi Araki, Guido Argentini, Bruno Bisang, Bob Carlos Clarke e Ren Hang; Um catálogo diversificado de artistas por direito próprio, explorando a história do sexo lésbico para homens.