Carla se sente privilegiada por acompanhar um momento único e lindo
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Foto: Carla Haiter |
Carla acredita que o trabalho diferenciado é também uma forma de levantar a bandeira em prol do parto humanizado. Até por isso, também, ela trabalha sozinha.
"Fotógrafos de partos, principalmente cesárias agendadas, existem aos montes. Meu trabalho é diferenciado", garante. Tanto é que ela detalha: "a mãe está nua, quase sempre sentido dores e o trabalho é mais extenso. Há exposição do pai, há a doula. Trabalho sozinha e quanto mais invisível for o fotógrafo, melhor. A mãe não pode perder o foco e se sentir observada", diz. Por essa razão também, defende técnicas específicas para este trabalho.
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Foto: Carla Haiter |
Tornou-se associada ao IAPBP (International Association of Professional Birth Photographers – Associação Internacional de Fotógrafos Profissionais de Parto) e fez o curso de formação de doulas pelo GAMA - Grupo de Apoio à Maternidade Ativa.
"Como quase sempre estes partos são domiciliares, as condições de luz são ruins, não uso flash, então é um desafio técnico, depende do maquinário e da cultura do fotógrafo. Diferente de fazer foto em hospitais, que têm bastante iluminação e tecnicamente é mais fácil." - detalha.
Graduada pela ECA-USP, foi lá onde ela se apaixonou por fazer retratos. Hoje ela fotografa partos e ensaios de casais, famílias, gestantes e bebês. No início de 2013 lançou o projeto fotográfico 1:4, que busca retratar e divulgar as marcas invisíveis e visíveis deixadas pela violência obstétrica.
Haiter também ministra worshop de Fotografia de Partos no qual abrange contéudos como explorando os gêneros presentes na fotografia de partos, tipos de partos e resolvendo as restrições dos hospitais.
Mais informações: www.carlaraiter.com.
Fonte: Cruzeiro do Sul