segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ensaio fotográfico recria capas de álbuns clássicos

maio 08, 2017 | por Resumo Fotográfico

Em seu aniversário de nove anos, a revista Serafina convidou o fotógrafo Miro e um elenco de artistas brasileiros como Taís Araújo, Elba Ramalho, Daniel de Oliveira, Liniker e Sophie Charlotte para recriar capas de discos internacionais clássicos de Madonna, Donna Summer e outros.

 

Maria Manoella recria capa de "In Utero" do Nirvana

"In Utero" foi o terceiro e último disco de estúdio do Nirvana, banda que salvou o rock no início dos anos 1990 e presenteou o mundo com o estilo grunge. "Camisa xadrez, calça rasgada, me identifico muito com a banda", diz a atriz Maria Manoella, que posou como a mulher transparente, com vísceras expostas e asas, que ilustra a capa do disco. Composto por Kurt Cobain essencialmente para seu amor Courtney Love, "In Utero" foi lançado em setembro de 1993 e estima-se que tenha vendido em torno de 15 milhões de cópias. Vinte e quatro anos depois, sucessos como "Heart-Shaped Box", "All Apologies" e "Rape Me" ainda fazem parte da vida de Maria Manoella. "Minha playlist é tããão anos 1990...", diz.

  

Bárbara Paz interpreta Madonna

Lançado em outubro de 1994, "Bedtime Stories" trazia uma Madonna um pouco mais comportada após o furacão sexual do disco "Erotica" e ao livro "Sex", lançados em 1992.

Mas não menos bem-sucedida. A balada "Take a Bow" ficou sete semanas em primeiro lugar na parada americana. "Ela sempre foi uma representação da liberdade", diz a atriz Bárbara Paz, que deitou na cama de Madonna para reproduzir a capa de "Bedtime Stories". "Já fui chamada de Madonninha na adolescência. Tinha o cabelo parecido e usava batom vermelho. Aí que fui descobrir sua música."

 

Taís Araújo posa como Donna Summer

"A rainha do disco jamais deixou de fazer músicas para alegrar a pista, sempre se vestindo com brilho, como se fosse uma pintura. E isto até o fim de sua vida, em 2012. LaDonna [seu nome verdadeiro] é uma obra de arte. No timbre e no visual", diz a atriz Taís Araújo, revelando ser fã de Donna Summer, a quem interpreta na foto que reproduz a capa de "Four Seasons of Love", de 1976. "É engraçado que a dona do sucesso 'Last Dance' [última dança] tenha sido a que mais fez gente ensaiar sua primeira dança." Taís Araújo incluída.

 

Elba Ramalho encarna Janis Joplin

Lançado postumamente em janeiro de 1971, "Pearl" foi o quarto disco que Janis Joplin gravou em sua brilhante e breve carreira de quatro anos. Além do hit número 1 "Me and Bobby McGee", destaca-se a famosa "Mercedes Benz", que Joplin canta sem instrumentos e que foi a última música que ela gravou, três dias antes de morrer, em 4 de outubro de 1970.

"Amo Janis Joplin", diz a também cantora Elba Ramalho", "e em especial esse disco 'Pearl'".

O álbum se manteve em primeiro lugar por nove semanas na parada da Billboard. "Acho honestamente que ela foi a voz mais revolucionária daqueles tempos", finaliza Elba.

 

Daniel de Oliveira & Sophie Charlotte como Bob Dylan & Suze Rotolo

Foi esse disco de 1963 que transformou Bob Dylan em Bob Dylan. "The Freewheelin' Bob Dylan", lançado três dias após o rapaz completar 22 anos, apresentou cinco clássicos ao mundo: "Blowin' in the Wind", "Girl from the North Country", "Masters of War", "A Hard Rain's a-Gonna Fall" e "Don't Think Twice, It's All Right". Na capa, ele aparece com sua namorada Suze Rotolo no West Village, bairro onde dividiam um apartamento em Nova York. O ator Daniel de Oliveira tem um vinil desses em casa. Mas sua mulher Sophie Charlotte já conhecia o álbum: "Conheci a obra do Bob Dylan com a minha mãe, que sempre foi fã. Ele é realmente um gênio!"

 

Liniker interpreta Diana Ross

"Além do samba rock, lembro da minha mãe ouvindo as grandes divas, entre elas Diana Ross", diz a cantora trans Liniker, que em 2016 lançou o álbum "Remonta". Mistura de canções inéditas com músicas antigas remixadas para a era da explosão disco, "Ross" foi lançado pela Motown em setembro de 1978 e não chegou a emplacar no alto das paradas.

"Minha mãe sempre teve o cuidado de falar da beleza da mulher negra, de se sentir plena e empoderada. Ela foi quem me deu o meu primeiro rímel. Algumas figuras públicas mostravam o que minha mãe dizia, de Diana Ross a Taís Araújo."

via Serafina