A poesia na fotografia e a fotografia na poesia. Visando a potencialidade poética entre o texto e imagem, e um olhar sensível sobre as cenas simples do cotidiano, o Estria Fotocoletivo idealizou a série “Diário Poético”; partindo de percepções afetivas, inquietações e angústias de um tempo de isolamento social. O trabalho foi inspirado em dois projetos de fotopoemas. O primeiro, foi organizado pela poetisa Teresa Vignoli e o fotógrafo Ronaldo Miranda Barbosa, sob a reflexão: “Como entretecer os tons fotográficos e a voz do poema?”, o trabalho pode ser conferido no site. A segunda referência foi o e-book “Fotopoemas em pandemia”, de autoria do poeta e músico Wescley Gama, em parceria com o fotógrafo Àllan Matson.
O trabalho do Estria mescla versos autorais e de outras poetisas, como os de Ana Cristina César e Duda Xavier. Para Júlia Alcântara, fotógrafa e integrante do grupo, existem diálogos possíveis entre fotografia e literatura. “As palavras podem construir um cenário ou expressar sentimentos através da descrição, e as fotografias expressam um cenário existente, que pode ser lido e tomado a partir de outras perspectivas, sendo ressignificado e potencializado a partir do diálogo entre áreas que se cruzam no processo criativo”, destaca. A fotógrafa Lavínia Lohana também se expressa sobre o diálogo entre as duas áreas. “A fotografia está na literatura e a literatura está na fotografia, ambas andam juntas e uma compõe a outra; capazes de reproduzir passado e presente. A literatura apresenta histórias de vida e a fotografia também”, declara. Confira a série no Instagram do coletivo.

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