
Foto da série “Ukrainos”, de Larissa Guimarães, vencedora da Convocatória Portfólio em Foco 2020 na categoria Ensaio
A 17ª edição do Paraty em Foco, festival internacional de fotografia, será realizada de 15 a 19 de setembro de 2021. Em um momento em que o mundo ainda está mergulhado na pandemia de covid-19, o evento adota como tema a Fotografia Solidária. Uma tentativa de jogar luz sobre a tragédia e mostrar como a arte pode ajudar a compreender e enfrentar o problema.
Convocatória
O festival está com inscrições abertas para Convocatória Portfólio em Foco, uma plataforma nacional e internacional permanente para dar visibilidade a tendências, autores e trabalhos emergentes. Até 8 de agosto, fotógrafos profissionais e amadores podem inscrever seus Ensaios, Fotos Únicas e autorretratos para a Selfie em Foco. O tema da Convocatória é livre.
Os 10 ganhadores das categorias Ensaio e Foto Única participarão da exposição ao ar livre na Praça da Matriz, no Centro Histórico de Paraty. Os três primeiros colocados em cada uma delas serão convidados para o festival com todas as despesas de estadia e alimentação pagas. A Selfie em Foco selecionará 30 obras para participar de uma exposição na quadra da Matriz.
Todas as inscrições serão feitas exclusivamente pelo site do festival, onde estão disponíveis os regulamentos. As fotos pré-selecionadas também serão divulgadas no site e nas redes sociais: Facebook e Instagram. A inscrição custa R$ 100 e não há limite para o número de inscrições.
Homenageado
O homenageado deste ano será Thomaz Farkas (1924), um dos expoentes da fotografia moderna no Brasil. Natural de Budapeste, mora desde criança em São Paulo, onde em 1948 realizou sua primeira mostra individual, considerada também a primeira exposição de fotografia realizada em um museu no país. Em 1949 expôs no Museu de Arte Moderna de Nova York e suas fotografias integram o acervo permanente da instituição. Foi professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Conselho da Cinemateca Brasileira.
Nos anos 40, o trabalho de Farkas teve como foco a vertiginosa transformação da paisagem urbana de São Paulo. Nos anos 50 iniciou o estudo de movimentos e do desenho dos corpos em contraluz com uma célebre sequência de fotos de ballet. Já nos anos 60 e 70, Farkas voltou seu interesse para o interior do país, especialmente o Nordeste, e tornou-se diretor e produtor de cinema documentário. A Caravana Farkas abriu espaço para uma geração de cineastas que começou então a revelar um Brasil desconhecido do eixo Rio – São Paulo.

Bailarina, de Thomaz Farkas