Longe da vista, na privacidade de um estúdio fotográfico ou de um apartamento na cidade, o fotógrafo Manuel Obadia-Wills faz malabarismos entre encomendas comerciais e projetos pessoais. Radicado em Paris, o artista “celebra a humanidade e a construção da identidade, através de imagens e retratos íntimos”.
Acima de tudo fotógrafo de figuras públicas, participa em filmagens de estrelas pop francófonas ou mesmo na criação de capas de discos e videoclipes, principalmente de Crystal Murray. Por trás deste grande aspecto do seu trabalho, ele busca “a possibilidade de encontrar e dialogar com pessoas que são fonte de inspiração e que o levam a pensar profundamente e a contemplar o sentido da nossa existência”.
Iluminação mínima, luz natural, uma câmera que toca seus assuntos com sensualidade... não é preciso muito para que este verdadeiro esteta tire fotos que parecem desenhos. “Seja qual for o assunto, meu objetivo é criar um sentimento de intimidade, uma conexão humana”, continua. Tal como muitos dos jovens artistas visuais mais fascinantes do panorama criativo contemporâneo, Manuel Obadia-Wills foi embalado pelos mundos queer, sulfurosos e rebeldes de Larry Clark e Gregg Araki, fotógrafos e cineastas emblemáticos dos anos 1990 e 2000.
Também encontramos em sua obra é uma obsessão pelo desejo, pela sublimação do corpo e pela sexualidade da juventude, excesso nos efeitos... Tantos temas carregados por personagens singulares. Manuel Obadia-Wills apenas aparentemente se afastou das suas primeiras paixões – pintura, escultura – ao passar exclusivamente para a escrita fotográfica e vídeo. Porque de fato o artista estuda maravilhosamente a dinâmica do congelamento, através de uma prática que ele próprio gosta de descrever como profundamente “instintiva e visceral”.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Manuel Obadia-Wills, acesse seu site ou Instagram.
Fonte: Fisheye Magazine
Fonte: Fisheye Magazine
