Fotógrafo e ambientalista, Mário Barila comercializa suas fotos para levantar recursos destinados às ações de ONGs, entidades ambientais e instituições de ensino e pesquisa
Fernando de Noronha | Foto: Mário Barila
Para o fotógrafo e ambientalista Mário Barila, a fotografia é uma poderosa ferramenta em prol das causas socioambientais. Através de sua câmera ele registra imagens da natureza ameaçada pelo homem, espécies em extinção, a realidade das comunidades locais, assim como a luta pela preservação da vida e do planeta. Suas fotografias são comercializadas para levantar recursos destinados às ações de ONGs, entidades ambientais e instituições de ensino e pesquisa.
Economista de profissão, Barila começou a se dedicar à fotografia ao se aposentar. Especializou-se na arte da fotografia com o renomado fotógrafo Araquém Alcântara, conhecido por retratar a fauna e flora brasileira. Sensibilizado com pessoas em situação de extrema pobreza e as questões ambientais encontradas em suas viagens pelo Brasil e exterior, resolveu usar a fotografia para apoiar as causas ecológicas e sociais.
Há 14 anos, por meio do Projeto Água Vida, Barila vem apoiando ações socioambientais com os recursos arrecadados através da venda das fotografias e doações de parceiros. O projeto já financiou e participou de uma série de ações, como reflorestamento das áreas desmatadas de Mariana e Brumadinho (MG), região amazônica do Pará, Fernando de Noronha, Ilha do Mel e Niterói (RJ) e na Área de Proteção Ambiental do Sauim-de-Coleira, em Manaus (AM).
A luta pela preservação da Amazônia
Na segunda quinzena de novembro Mário Barila participou de atividade de preservação ambiental contra a extinção de sauim-de-coleira, em Manaus (AM), e aproveitou para produzir novas imagens que serão comercializadas para financiar próximas ações do Projeto Água Vida.
O novo acervo contará com imagens que retratam a graça e a beleza de sauim-de-coleiras, que passou a figurar na lista dos 25 primatas mais ameaçados de extinção, de acordo com a Sociedade Internacional de Primatologia. “Dessa vez, vi menos espécies andando pela reserva do que no ano passado, mas em uma das aparições consegui fazer fotos deste animal, que é um importante propagador de semente na floresta”, afirma o fotógrafo.
Sob olhar de ambientalista, Barila retrata a iniciativa coordenada pelo biólogo e pesquisador Marcelo Gordo, da Universidade Federal da Amazônia (UFAM), que mobilizou a sociedade para reflorestar o igarapé “Goiabinha”, situado na Área de Proteção Ambiental do Sauim-de-Coleira.
