
Maria Vaz
A 10ª edição do festival Pequeno Encontro da Fotografia será realizada de 11 a 15 de março de 2025 e você pode se inscrever nas convocatórias, se tiver interesse em apresentar suas obras visuais e pesquisas para o público do evento, ou na seleção para as vagas das oficinas que serão ministradas por Maria Vaz (MG), Dirceu Maués (PA) e Mitsy Queiroz (PE) no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda. Nos dois casos, o prazo termina no dia 11 de fevereiro de 2025.
As oficinas fazem parte da programação presencial do Pequeno Encontro da Fotografia, assim como a Ciranda Fotográfica, mas também há opções para quem só pode participar à distância. É o caso das atividades Apresentação de Portfólio e Espaço da Pesquisa, em que a exposição dos trabalhos ocorre por meio de transmissões ao vivo, e das Projeções, que são realizadas antes das palestras presenciais e não exigem a presença de artistas e coletivos no local da sessão.
Esta edição do Pequeno Encontro da Fotografia é promovida com recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e toda a programação tem acesso gratuito.
Convocatórias para a programação
A temática é livre, mas será dada prioridade a trabalhos que dialoguem com o tema da edição.
Apresentação de Portfólio (online) – Para exposição de portfólios em sessões de até 15 minutos, realizadas por meio de transmissão ao vivo, nais quais fotógrafos e artistas visuais comentam sobre processo criativo, inspirações e técnicas utilizadas, entre outras questões.
Convocatória: https://bit.ly/4ffKo5gFormulário: https://forms.gle/NufCCG21SDz8bM6o9
Ciranda Fotográfica (presencial) – Para trabalhos diversos que tenham relação com a fotografia, tais como ensaios, fotolivros, obras em processo, performances e criações audiovisuais, que são apresentados para o público do festival em sessões de até 15 minutos com momento para troca de ideias.
Convocatória: https://bit.ly/4feGeKL
Formulário: https://forms.gle/B7s6eC5JeZFRqpm29
Espaço da Pesquisa (online) – Para textos acadêmicos, que serão publicados no site do festival e apresentados em painéis realizados por meio de duas transmissões ao vivo. Convocatória: https://bit.ly/4fh1U8U
Formulário: https://forms.gle/ASE5UhhN1vji2Rik7
Template: https://bit.ly/3OUqHF7
Projeções (presencial) – Para vídeos ou sequências de imagens simples, com até 3 minutos de duração, que serão exibidos antes das palestras.
Convocatória: https://bit.ly/4isdr8x
Formulário: https://forms.gle/7L3JpvUzv9D59N5m8
Seleção para a oficinas
As aulas serão realizadas no Mercado Eufrásio Barbosa, de 12 a 14 de março de 2025.
9h às 12h | “Abordagens críticas, anarquivismos e fabulações poéticas”, com Maria Vaz (MG) – Esta oficina tem como objetivo ampliar as possibilidades do fazer fotográfico em encontro com outras linguagens e processos criativos, trazendo obras e reflexões que tensionam os limites da fotografia por meio de abordagens críticas, “anarquivismos” e fabulações poéticas. Como pensar a fotografia para além do registro fotográfico? Poderia ela ser incorporada ao meio ou, ainda, ser a própria materialidade daquilo que representa? Como partir de imagens que já foram feitas – bem como da escassez de certas imagens – retomando arquivos institucionais e privados a fim de pensar outras possibilidades narrativas? Quais são os limites da fotografia – técnicos, conceituais e narrativos – e como a incorporação de outras linguagens potencializa a criação e os modos de narrar?
Ministrante: Maria Vaz é artista visual e pesquisadora, doutoranda e mestra em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em seus trabalhos trata das relações entre memória, território e imaginário, através de fabulações críticas e poéticas, interseções entre imagem e palavra e o uso de arquivos públicos e privados. Foi indicada ao Prêmio PIPA 2023, contemplada pelo XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, selecionada pelo 9º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger e pelo 10º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Em 2023 foi premiada com a publicação do fotolivro “Ilustríssimos”, pela editora Porto de Cultura. É membro dos coletivos Women Photograph e Mulheres Luz e co-fundou o duo Paisagens Móveis, em parceria com Bárbara Lissa, com foco em temáticas que envolvem meio ambiente e ecocrítica. Com o duo realizou as individuais “Quando o tempo dura uma tonelada” e “Três Momentos de um Rio”, publicou os fotolivros “Três Momentos de um Rio”, pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e “Óris”, pela editora Selo Turvo. Também com o duo foi selecionada pelo 8º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38A9h às 12h | “Fotografia Pinhole: da Construção da Câmera à Prática Fotográfica”, com Dirceu Maués (PA) – Esta oficina apresenta aos participantes a prática da fotografia pinhole, explorando o processo de construção de uma câmera artesanal e o registro de imagens em filme fotográfico. Através de atividades práticas e orientadas, os participantes serão guiados desde a construção de suas próprias câmeras até a captura, revelação e análise dos resultados.
Ministrante: Dirceu Maués vive entre Belo Horizonte e Montes Claros. É artista visual intermídia, doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2022), Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília (2015) e Bacharel em Artes Plásticas também pela Universidade de Brasília (2013). Atualmente é professor no curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Atuou como fotojornalista nos jornais impressos de Belém do Pará, entre os anos de 1997 e 2008. Desde 2004 desenvolve trabalho autoral nas interconexões entre a fotografia e outras linguagens artísticas (vídeo, instalações, intervenções urbanas, desenho e pintura), buscando discutir a questão da tecnologia através da invenção e utilização de dispositivos precários.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38A14h às 17h | “Poéticas do Fracasso: processos experimentais em fotografia”, com Mitsy Queiroz (PE) – Esta oficina propõe reflexões sobre processos experimentais em fotografia que questionam as convenções da imagem técnica e as condições para o seu acontecimento, reformulando a perspectiva binária do fracasso como insucesso ou ausência de competência para operar a câmera em todos os códigos do seu dispositivo. Assim, ao revisar a fotografia como categoria de pensamento e seus principais paradigmas, analisaremos processos de criação que flexibilizam a rigidez da câmera, propondo apontamentos críticos sobre o programa fotográfico e a alta tecnologia da contemporaneidade, abrindo sobretudo margem para compreensão do fracasso como epistemologia de afirmação do erro e fenômeno de ruptura estética nos processos de arte y vida cuir em contexto sudaca.
Ministrante: Mitsy Queiroz é artista e pesquisador em processos experimentais de fotografia analógica, interessado na opacidade da imagem latente e seus mistérios, encoraja as afirmações do erro como fenômenos de ruptura e gestão da liberdade. Suas práticas refletem sobre a percepção do tempo, a transformação dos corpos e a conexão com a pesca artesanal. Atualmente, observa a relação de parentesco entre peixes e gentes, os movimentos de migração e a manifestação dos encantamentos entre as águas e a terra. Mitsy Queiroz é Mestre em processos criativos e sua abordagem multidisciplinar se destaca pelo envolvimento em práticas educativas e projetos colaborativos. Como artista visual, atua desde 2012, participando de mostras, salões, feiras de arte, programas de comissionamento de obras para galerias de arte e museus nacionais, residências artísticas, projetos de financiamento público e participação em importantes acervos como o da Pinacoteca de São Paulo.
Formulário: https://forms.gle/X3jeBRJPhe7Toy38AMais informações: pequenoencontrodafotografia.com