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sábado, 12 de janeiro de 2019

A vida boêmia sob a visão privilegiada de um fotógrafo

janeiro 12, 2019 | por Adriana Prado

Lançando seu primeiro livro de fotografia aos 87 anos, Ken Van Sickle mostra a vida de artistas e boêmios de ambos os lados do Atlântico


Ficará para sempre na memória de Ken Van Sickle o dia de 1955 em que se tornou fotógrafo. Encontrava-se em Paris, para onde se mudou pouco depois de concluir o serviço militar na Coreia, para estudar pintura. Certo dia, nos Jardins de Luxemburgo, enquanto fazia alguns esboços com um amigo, teve um lampejo.

"Meu amigo comentou: 'Sua pintura não é tão boa, mas sua fotografia é'", lembrou Van Sickle, 87 anos. "Quase instantaneamente percebi que ele tinha razão."

Van Sickle logo desistiu da pintura e começou a se dedicar com afinco à fotografia. No ano seguinte, fotografou aproximadamente 60 rolos de filmes em bares, cafeterias, festas, boates, ruas e parques. À medida que desenvolvia sua sensibilidade fotográfica, formava um panorama do tipo de vida artística e despreocupada que, durante muito tempo, atraiu expatriados para a Cidade Luz.

“Não um fotógrafo do tipo ‘preocupado’. Não fotografo guerras nem mafiosos ", disse ele. “Gosto de felicidade. Gosto de pessoas se divertindo. Às vezes as pessoas consideram tais assuntos inferiores por não serem assuntos sérios. Mas é isso que aprecio.


Como ele mesmo afirma, Van Sickle tem buscado apenas encontrar beleza nas “coisas cotidianas que as pessoas fazem”. Mas, como um artista que se misturava aos boêmios do Village dos anos 60, frequentemente presenciava cenas extraordinárias. Em uma festa no East Village, fotografou Allen Ginsberg lendo seu poema “Howl”. Em outra festa, conheceu Yayoi Kusama, que o convidou para fotografá-la no estúdio dela. Enquanto trabalhava em um documentário sobre artistas pop, fotografou Andy Warhol no estúdio The Factory.

"Eu queria ter um público maior, mas era muito difícil", disse ele. “Eu sempre investi dinheiro na fotografia, mas nunca fiz tive retorno.”

Isso começou a mudar em 2015, ao conhecer Elana Rubinfeld, consultora de arte independente. Seguindo o conselho de um conhecido, ela visitou Van Sickle em seu apartamento e descobriu um extenso arquivo que, em grande parte, nunca havia sido mostrado.

Rubinfeld abriu uma agência de arte e levou Van Sickle como seu primeiro cliente. Fez um site para ele, ajudou-o a vender algumas cópias e o incentivou a reunir imagens para o seu primeiro livro, “Ken Van Sickle: Photography 1954-2009”, que a Damiani publicará em fevereiro.

Há mais fotos que Van Sickle gostaria de mostrar ao mundo e mais livros que ele gostaria de publicar. Enquanto isso, ele se diz feliz em simplesmente continuar trabalhando no ofício do qual se ocupou a vida inteira.

"Só quero continuar fazendo o que eu faço", disse ele.


Fonte: The New York Times

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Fotógrafo retrata cidade-fantasma na Namíbia

dezembro 20, 2017 | por Adriana Prado


Recentemente, o fotógrafo sul-africano Evan Naude publicou uma série de imagens capturadas em Kolmanskop, uma cidade-fantasma localizada na parte sul do deserto da Namíbia, a cerca de 10 quilômetros a leste da cidade portuária de Lüderitz.

O povoado surgiu após a descoberta de diamantes, em 1908. A cidade dispunha de todos os luxos de uma cidade europeia, apesar do seu isolamento. Contava com hospital, salão de baile, escola, pista de boliche, teatro e ginásio esportivo, cassino, fábrica de gelo e até o primeiro bonde da África.

Porém, não demorou muito para que os diamantes se esgotassem e as descobertas em outro lugar atraíssem os mineradores. Kolmanskop ficou finalmente despovoada em 1956. Desde então, o deserto vem cobrindo lentamente de areia as construções da cidade.












Para conhecer mais sobre o trabalho de Evan, acesse: www.evannaude.com.

Fonte: Bored Panda

sábado, 17 de junho de 2017

10 fotógrafos renomados e emergentes que ainda usam filme

junho 17, 2017 | por Adriana Prado

Com o ressurgimento da fotografia com filme, o British Journal of Photography entrevistou uma série de fotógrafos quem mantém o formato vivo. Eles escolheram suas melhores fotos e contaram o que exatamente os motiva a usar filme.

Lewis Khan
Lewis Khan

O fotógrafo

Sou um fotógrafo que trabalha com fotos, vídeos e uma narrativa baseada no realismo, contada por meio de indivíduos, comunidades e lugares.

A foto

Esta foto é parte de um projeto fotográfico intitulado ‘Fictions’ (Ficções) que realizei em Cuba há alguns meses. Fotografei um festival de fogos de artifício, usando-o como um prisma para direcionar o olhar para conceitos globais mais amplos, como guerra, nações e religião. Ele é a figura de um anjo na série. Ele também poderia se juntar aos militares; na verdade, a mãe dele só queria que ele tivesse uma aparência renovada para o festival.

Por que filme?

Em meus trabalhos fotográficos pessoais, só fotografo com filme. Estou aberto a qualquer mídia ou meio — não acho que as ferramentas utilizadas para a execução de um trabalho devem defini-lo. O trabalho é o trabalho. Porém descobri que alcanço os melhores resultados quando uso filme. Gosto da lentidão do filme, do foco necessário e também da aparência das imagens e da sensação que transmitem.

Joanne Coates

Joanne Coates

A fotógrafa

Sou uma fotógrafa cujo trabalho está profundamente enraizado nas histórias cotidianas, na cultura e no empoderamento da classe trabalhadora.

A foto

Acho difícil retirar uma foto de uma série. O sentido fica dissociado. Esta foto da nadadora de águas frias, Nicki, expressa algo a mais — uma amizade, um lugar, uma pessoa e uma comunidade. Não posso dizer que ela se destaca e define o meu trabalho, mas retrata aquele empoderamento do assunto que considero indispensável para minha prática e para quem sou pessoalmente.

Por que filme?

Nunca tive condições de ter uma câmera cara. Quando terminei meu bacharelado, meu avô me deu essa câmera médio formato — o que demonstrava que alguém acreditava em mim e no meu trabalho. Essa ideia me motivou a usar a câmera. Também sou bem tímida e desajeitada e, ao capturar retratos, acho mais fácil desacelerar, reservar um tempo para conversar com as pessoas e interagir com elas durante o trabalho — e a câmera de filme me possibilita isso.

Gosto de usar somente filme onde posso. A maior parte do meu trabalho é realizada com filme, ainda que haja algumas solicitações de fotos digitais. Há algo na alquimia e no processo do filme para mim. Há toda uma experiência proveniente do uso do filme que é inexistente para mim no processo digital.

Alan Knox

Alan Knox

O fotógrafo

Minha prática explora os temas do sublime e misterioso nos quais meu papel é a reconciliação de uma necessidade humana básica de plenitude versus a fragmentação do assunto na fotografia.

A foto

Uma foto voa pelo espaço e pousa em um cenário extraterrestre. Para criar esta foto, inspirei-me no astronauta Charles Duke da Apollo 16, que deixou na lua uma foto de família. Espalhando as cinzas do meu avô, procurei transformá-las em uma paisagem lunar para sugerir que a natureza de todos nós é inerentemente cósmica. A foto do meu avô foi criada pelas mesmas forças que criaram a terra, a luz e a própria vida.

Por que filme?

Meu interesse pelo filme consiste em ver o negativo analógico e, por extensão, a foto impressa como um objeto sublime que desperta a consciência de verdades universais normalmente invisíveis ao olho humano. O uso que faço do filme geralmente implica em reformular fotos de família arquivadas, nas quais busco traçar na impressão analógica uma linhagem material para nossa origem na poeira estelar após o Big Bang. Nas partículas cósmicas do filme, encontro provas de uma memória primordial que emana do nascimento do universo.

Sian Davey

Sian Davey

A fotógrafa

Minha formação é em arte e política social. Nos últimos 15 anos, trabalhei como psicoterapeuta humanista. Meu trabalho é uma investigação dos meus cenários psicológicos e daqueles ao meu redor. Minha família e minha comunidade são essenciais para a minha prática.

A foto

Escolhi esta foto porque ela me afeta em diversos níveis.Temos a jovem olhando para mim, sua mãe. Aqui ela expressa sua vitalidade, seu poder e sexualidade.

Ela não está inibida nem receosa do seu corpo em formação. Há uma troca de olhares entre nós, aquele olhar complexo refletido, que está começando a mudar à medida que ela tenta estabelecer seu próprio senso de identidade. Aqui também está presente uma certa irritação, ela está saindo e peço para que ela fique parada para mais uma foto. Para ela já chega, e ela exige, de qualquer maneira, com seu enfado adolescente, que eu pare e a deixe em paz.

Por que filme?

Eu só usei filme, então, não sei se posso fazer uma comparação precisa. Amo filme por diversos motivos; amo vê-lo em minha geladeira, pois está repleto de expectativas e exige algo de mim.

Sempre precisei ansiar por alguma coisa e amo surpresas — o filme me proporciona isso. Eu o revelo em lotes e espero ansiosamente ver o processo criativo das últimas semanas.

Também nunca sei o que a química desse meio revelará, portanto está fora do meu controle e muitas vezes me conduz a novas maneiras de pensar. O mundo não está em alta definição — não o vivenciamos fisicamente dessa maneira, então sinto que o filme dá espaço para as complexidades da vida, particularmente quanto ao trabalho que realizo.

Ele também requer uma pós-produção relativamente breve, e você não fica com brutais quantidades de fotos para filtrar. Por último, é claro, trata-se de uma meditação e requer presença absoluta.

Alexander Mourant

Alexander Mourant

O fotógrafo

Sou um leitor voraz e, como consequência, a maior parte do meu trabalho provém da literatura e da experiência como ponto de partida para conceitos e projetos.

A foto

A foto que enviei é de um novo conjunto de obras intitulado Aurelian. O trabalho foi criado em resposta à minha viagem de 4 meses pelo coração da África. Por meio do tema de casas de borboletas britânicas, exploro, investigo e represento uma visão subjetiva da experiência. De certa forma, cada foto é autobiográfica, ajudando a decodificar a estrutura do espaço, essencialmente como o ‘aqui’ e o ‘lá’ se estabelecem em um diálogo permanente. Esta foto específica sugere, interpreta e estimula uma resposta psicológica do espectador.

Por Que filme?

Especificamente para o meu processo, é fundamental fotografar com filme. Na minha prática conceitual, interesso-me bastante pela materialidade — explorando o impacto das mudanças atmosféricas e erros na emulsão — desse modo, por meio do próprio aspecto físico do meio, posso explorar a transferência literal e figurada de um ‘espaço’ para outro. Neste trabalho específico, utilizei filme analógico não usado e degradado das minhas viagens pela África. Este elemento suporta ainda mais a noção de transferência. Uma câmera digital não consegue essa ressonância conceitual; o filme é um objeto físico, tangível e geralmente frágil. Para mim, será sempre único.

Cian Oba-Smith

Cian Oba-Smith

O fotógrafo

Sou um fotógrafo nigeriano irlandês, nascido e criado em Londres. Realizo um trabalho que me estimula e desafia os estereótipos acerca de raça e classe; a relação entre a experiência humana e o ambiente é a base do meu trabalho.

A foto

Achei difícil selecionar uma foto minha como a melhor, pois fotos diferentes me tocam em níveis diferentes. Resolvi escolher esta foto porque, na época, ela se diferenciava de muitos outros retratos que eu estava fazendo, parecia realmente representar a experiência de crescer em Londres e ainda desafiava estereótipos do que significa ser uma criança negra crescendo em um alojamento social.

Por que filme?

Só fotografo com filme. Eu nem tenho uma câmera digital, além do meu iPhone. O principal motivo de usar filme é a maneira como ele me desacelera quando fotografo — isto se deve, em parte, à câmera que eu uso, mas principalmente pelo fato de haver uma quantidade limitada de fotos que podem ser capturadas com um rolo de filme.

Na era digital, as fotos tornaram-se mais descartáveis, e todos esperam ver as fotos de imediato; acho que o filme contraria essa maneira de pensar já que você é obrigado a esperar para ver as fotos. Para mim, isso agrega valor à foto.

Theo McInnes

Theo McInnes

O fotógrafo

Tenho 25 anos e trabalho como fotojornalista em Londres. Minha abordagem fotográfica é baseada em quem aprecia a não conformidade. Ao fotografar com filme, meu fascínio diz respeito ao aspecto dinâmico das cidades modernas, com o qual me envolvo por meio da fotografia de rua.

A foto

A criança espera pacientemente para juntar-se aos irmãos enquanto eles transitam com cuidado, aparentemente conscientes da presença dele — mas não da sua proximidade imediata. O momento também é complementado pela composição, pela transição de claro para escuro — o forte contraste do menino esperando nas sombras enquanto suas vítimas inocentes transitam sob a luz. Em essência, a foto conta a história de algo prestes acontecer — criando uma profunda sensação de curiosidade do que está por vir.

Por que filme?

Câmeras digitais são excelentes, mas podem tornar as coisas fáceis demais. Você pode capturar centenas de fotos em pouco tempo apenas para obter uma foto final. Com filme isso não acontece — é preciso pensar e esperar pacientemente até encontrar, finalmente, o momento certo para pressionar o disparador do obturador. Então, há o mistério: consegui a foto? Para mim, usar filme é um desafio bem maior, e é por isso que amo filme. Também prefiro seu aspecto físico — você produz um negativo, não apenas um arquivo raw. Nesse quesito, sou um fotógrafo à moda antiga, e este é o provável motivo pelo qual ainda coleciono DVDs.

Emma Uwejoma

Emma Uwejoma

A fotógrafa

Sou uma artista nigeriana britânica cuja prática utiliza autorretratos para a documentação da minha identidade. Faço uma autoanálise da minha memória de minha herança africana ante a presença britânica.

A foto

Esta foto descreve muito bem quem sou. Embora o autorretrato tenha sido capturado há mais de 3 anos, até hoje ele resume meus pensamentos e sentimentos a respeito de ser uma mulher negra na Grã-Bretanha. O conceito por trás do autorretrato teve origem no fato de meu pai nigeriano nunca ter falado sobre sua antiga casa. Fui criada em uma casa que parecia bem inglesa com sinais de uma estrutura nigeriana. Tenho a aparência de uma cultura, mas sou tratada como forasteira pela outra.

Por que filme?

Prefiro fotografia com filme à fotografia digital em virtude da restrição da quantidade de fotos por rolo. Esta consciência me obriga a refletir mais quando fotografo. Estou posicionada corretamente? O que minha foto realmente representa? E o fundo? Tenho mais consciência da minha atenção aos detalhes. Há a expectativa e, de certa forma, o incômodo de ter que esperar a revelação do filme. Esperar pela revelação do filme traz a sensação familiar do seu aniversário nesta semana ou de um evento amanhã! Ah, e o alívio de não ter havido outro vazamento de luz na sua Bronica!

Joseph Conway

Joseph Conway

O fotógrafo

Sou de Gloucester e estudei fotografia em Brighton. Estou agora no leste de Londres. Divido meu tempo entre trabalhos encomendados e projetos pessoais. Meu trabalho é amplo, porém unificado pelo interesse em documentários, no momento e nas oportunidades.

A foto

Tinha uma ideia fixa de como queria esta foto, mas não sabia quantas tentativas seriam necessárias. Foi ótimo quando olhei os negativos e vi que havia funcionado, então ela se tornou uma das minhas favoritas. É uma boa lembrança da empolgação de receber seus negativos do laboratório. Ela dialoga com o resto do projeto, mas acho que ela também funciona de forma individual e é uma boa representação dos temas gerais do meu trabalho.

Por que Filme?
Ao fotografar com filme, eu diminuo o ritmo da minha fotografia. Há um sentimento real de processo e propósito para cada quadro que me faz ponderar minha foto de maneira mais intensa. O filme implica em um custo financeiro para cada quadro, o que não ocorre com a fotografia digital. Em vez de considerá-lo um fator restritivo, tento encará-lo como um fator que me torna mais disciplinado e atento a cada quadro. Para o projeto do qual essa imagem foi retirada, eu também desejava manter os meios para tornar o trabalho tão orgânico e prático quanto possível, assim como o assunto.

Owen Harvey

Owen Harvey

O fotógrafo

Meu nome é Owen Harvey, sou um fotógrafo que vive em Londres e geralmente tem como foco jovens, subcultura e identidade.

A foto

Esta foto foi retirada da minha série pessoal Skins & Suedes. Escolhi esta foto por apreciar a qualidade da luz, a expressão desconcertada e o forte senso de envolvimento com a câmera. Por isso, sinto que Mykie (a retratada), parece forte e, de certa forma, bastante vulnerável ao mesmo tempo.

Por que filme?

Uso filme porque gosto do processo de esperar para ver o que há nos rolos. Também gosto do quão bem ele lida com as diferenças entre sombras muito marcadas e altas luzes e mantém os detalhes em ambos.

Fonte: British Journal of Photography

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Fotógrafo francês registra os boxeadores amadores de Cuba

janeiro 13, 2016 | por Adriana Prado


Ser boxeador amador em Cuba é motivo de orgulho – nem tanto pela recompensa financeira, já que nenhum dos atletas conseguiu riqueza com a fama, mas pelo grande reconhecimento, visto que o país inteiro festeja os feitos de seus competidores. Como disse Alberto Puig de la Barca, presidente da Federação de Boxe de Cuba, à CNN: “Nossos boxeadores podem não ter milhões de dólares, mas têm o apoio de 11 milhões de cubanos.

Com o maior número de medalhas de ouro do mundo, (superando os EUA), o boxe amador continua a prosperar em Cuba. Mas, apesar da fascinante aura da disputa, não é fácil percorrer o complexo sistema de ringues, jogadores, treinadores e apostadores. É preciso familiaridade com redes secretas e suas principais figuras, uma habilidade que o fotógrafo francês de grande destaque Thierry Le Goues aperfeiçoou nos últimos 10 anos.

Aclamado por suas fotos de moda – seu último trabalho foi uma campanha publicitária para a marca francesa de roupas Yves Saint Laurent –, Le Goues já publicou um livro de fotos sobre Cuba, "Popular" (PowerHouse Books, 2000), tomando emprestado o título de uma popular marca de cigarros.

Em divergência com seu último projeto, cores saturadas estão ausentes do "Havana Boxing Club"(a capa é a única exceção); entretanto, permanece o fascínio de Le Goues pela sensualidade do corpo humano. Antes eram as curvas generosas do corpo feminino que dominavam a cena. Agora são as curvas sinuosas dos músculos e a evidente sensualidade dos boxeadores.

Um fotógrafo de moda experiente cuja carreira estende-se por mais de 25 anos e cujo trabalho aparece extensivamente em revistas internacionais, Le Goues admite que a fotografia de moda pode ter tido influência na maneira como ele tratou o assunto em Cuba. “Depois de fotografar moda, eu queria fazer algo relacionado aos esportes e, basicamente, quando fotografei [os boxeadores,] pode ser que minha experiência com moda tenha influenciado pela minha maneira de enquadrar, de fotografar pessoas, [pela maneira como eu] capturo a iluminação.”

Ele visitou Cuba cerca de 15 vezes no total, o que lhe permitiu estabelecer uma rede forte, crucial para o sucesso do seu projeto. Depois de conhecer os atletas e treinadores, ele teve acesso às instalações, geralmente negado aos turistas, e fez até mesmo amizades duradouras com alguns boxeadores. Ele contornou com êxito as complicadas normas do governo, que certamente teriam limitado seu sucesso.

Le Goues usou filme a maior parte das vezes, “vivendo o momento,” diz ele, em vez de ficar checando o monitor obsessivamente. “Isso também foi empolgante,” diz ele, “pois eu não podia ver na tela o que estava fazendo, tudo era como a velha maneira de lutar boxe, como minhas fotos,” prossegue. Por fim, o que Le Goues tinha a intenção de capturar em suas fotos era simplesmente a firmeza desses atletas em busca de seus objetivos. “Eles lutam pela verdadeira alegria do esporte, já que não há dinheiro envolvido,” diz ele.




 



 



Fonte: Time

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Nikon parte a D5 ao meio para mostrar como é o seu interior

janeiro 11, 2016 | por Adriana Prado


O grande anúncio da Nikon na CES 2016 em Las Vegas, foi o lançamento da nova DSLR fullframe da marca. No espaço de exposição a empresa colocou a mostra uma Nikon D5 e lente Nikkor 14-24mm f/2.8, que foram cortadas ao meio para mostrar a parte interna com uma visão da seção transversal.

A loja B&H viu o equipamento seccionado na última sexta-feira (8) e compartilhou algumas fotos no Twitter e Instagram.

“Se você olhar de perto, é possível ver que elas não são a mesma câmera, o que significa que foram necessários 2 corpos Nikon D5 para a criação do equipamento seccionado,” a B&H contou ao PetaPixel. Você pode ver como a logo da Nikon no pentaprisma está intacta em mais de 50% nas duas metades.

Dê uma olhada mais de perto:




Agora DSLRs Nikon D5 intactas estão disponíveis para pré-encomenda na B&H por 6.497 dólares (cerca de 26.200 Reais).

Fonte: PetaPixel

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Aumento no número de assinantes da Creative Cloud duplica os lucros da Adobe

dezembro 17, 2015 | por Adriana Prado


A Adobe anunciou seus resultados trimestrais na última quinta-feira, e os investidores estão satisfeitos: a empresa superou as expectativas do mercado dobrando os lucros de um ano para cá graças a um enorme crescimento dos assinantes da Creative Cloud. Parece que a mudança do software em caixa para os planos de assinatura digitais trouxe êxito para a empresa de San Jose, Califórnia.

A empresa teve 833.000 novos assinantes da Creative Cloud no quarto trimestre deste ano, um número bem maior do que os analistas esperavam. 52% dos clientes pagam $50 por mês pelo plano “All Apps” completo, e o resto paga por aplicativos individuais — o Lightroom CC é o que cresce mais rapidamente.

“Seu crescimento é grande assim porque está atraindo novos usuários… amadores, consumidores e pessoas que nunca tinham comprado os produtos Creative, portanto expandiu nossa oportunidade de mercado,” disse à Reuters Mark Garrett, diretor financeiro da Adobe.

A receita de negócios de mídia e da Creative Cloud da Adobe saltou 35% para $875,3 milhões, a receita total aumentou para $1,31 bilhão, e o lucro líquido saltou para $222,7 milhões, um aumento de $88,1 milhões de um ano para cá. Desde então, os investidores viram as ações da Adobe alcançarem os preços mais elevados já vistos.


O site de tecnologia britânico The Register fez referência aos lucros da Adobe com o seguinte título: “Adobe: Colocamos nossos clientes na nuvem e choveu dinheiro.”

Fonte: PetaPixel

sábado, 5 de dezembro de 2015

Veja as fotos do Comedy Wildlife Photography Awards 2015

dezembro 05, 2015 | por Adriana Prado

Prêmio internacional selecionou os registros de algumas das cenas mais engraçadas encontradas na vida selvagem

A foto de Julian Rad foi a vencedora

Em seu primeiro ano, o Comedy Wildlife Photography Awards celebra fotos de vida selvagem tecnicamente excelentes e com humor para chamar a atenção para a situação de animais e habitats em perigo.

O concurso foi realizado em parceria com a Fundação Born Free, uma instituição internacional de caridade cujo trabalho é pôr fim ao sofrimento de animais e espécies de vida selvagem. Foram recebidas mais de 1.500 inscrições de 52 países.

Acima, você confere a foto vencedora do fotógrafo Julian Rad, que ganhou o grande prêmio de um safári fotográfico na Tanzânia com o fundador do concurso Paul Joynson-Hicks como guia e tutor, além de uma Nikon D570 com uma lente 24-85mm.

Veja outras imagens da premiação:

A foto de William Richardson ficou em segundo lugar
Oli Dreike ficou em terceiro
Julie Hunt
Megan Lorenz
Yuzuru Masuda
Tony Murtagh
Aaron Karnovski
Caroline Benzies
Goran Anastasovski
Para ver as outras fotos inscritas e saber como você pode participar ano que vem, visite o site comedywildlifephoto.com.

Fonte: Bokeh