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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

As fotos mais engraçadas dos pets, segundo concurso britânico

novembro 30, 2020 | por Camila Camargo

A simpática cachorrinha Noodle ganhou o coração dos jurados do Comedy Pet Photography Award 2020

"Cão de guarda em serviço" de Elke Vogelsang. Vencedora na categoria Cães

Seja você fotógrafo profissional ou não, é quase irresistível fazer um registro dos bichanos quando a oportunidade aparece. Para animais de estimação, a regra é a mesma. Basta perceber como essas carinhas fofas invadem o feed das redes sociais quase sempre protagonizando suas travessuras ou em poses engraçadas. Ao saber disso, alguns concursos passaram a incluir categorias voltadas aos pets, ainda que direcionados a trabalhos profissionais. Enquanto temos o já famoso Comedy Wildlife Photography Award mais focado numa vida animal diversa e selvagem, o Comedy Pet Photography Award aposta naqueles companheiros que estão ao nosso redor. E por mais que a gente já esteja mais do que acostumados com eles, é sempre possível encontrar novos registros com retratos encantadores, de alegrar qualquer dia!

A fotógrafa alemã Elke Vogelsang resgatou de um abrigo a cachorrinha Noodle de 8 meses, durante uma viagem para a Espanha. Hoje com 13 anos, Elke diz que a Noodle continua brincalhona e engraçada, do mesmo jeito que era quando filhote. "Cão de guarda em serviço" rendeu à Elke o prêmio de melhor foto do concurso na categoria "Cães" e três mil libras que serão reinvestidas em uma associação dedicada ao cuidado de animais. O concurso em si, também tem como objetivo a arrecadação para financiar uma instituição de caridade que visa ajudar animais sem teto no Reino Unido. 

Além dessa categoria, o concurso ainda cedeu espaço aos gatos, cavalos, uma categoria de "todas as outras criaturas" e uma categoria dedicada somente a animais que se parecem com seus donos. E foram tantas fotos bacanas que sobrou espaço ainda para menções honrosas. Quem é a gente para reclamar? 

"Mãe, porque você está de cabeça para baixo?", de Margozata Russell. 
Vencedora na categoria Gatos

"Garotas Fofoqueiras", de Magdalena Strakova. Vencedora na categoria Cavalos

"Rainha do drama", de Anne Lindner. Vencedora na categoria Todas as Outras Criaturas

"Humor matinal", de Hannah Seeger. Vencedora na categoria Pets que Parecem com seus Donos

"Segure firme! A gente tá atrasado" de Karen Hoglund. Menção Honrosa

"Aquele momento em que você percebe que já se foi metade da jarra de biscoitos"
de Candice Sedighan. Menção Honrosa

"O gato dançarino" de Iain McConell. Menção honrosa

"Amigos não deixam amigos fazerem besteira sozinhos", de Kerstin Ordelt. Menção honrosa

"Olha mãe, eu consigo andar sobre a água", de John Carelli. Menção honrosa

Fonte: Comedy Pet Photo

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

As fotos vencedoras do concurso “People”, do The Independent Photographer

novembro 16, 2020 | por Camila Camargo

Com trabalhos de diferentes lugares do mundo, a competição celebra a beleza na diversidade humana 

Foto do sul-coreano Marcin Jozefiak foi a primeira colocada

O The Independent Photographer é uma rede que surgiu em 2016 com a ideia de conectar fotógrafos e entusiastas no mundo todo, principalmente, como suporte a artistas independentes. Por meio de concursos e premiações, a rede concede destaque a profissionais que muitas vezes estão em início de carreira, e assim podem apresentar seus trabalhos a júris consagrados. Um dos mais recentes concursos foi o "People", uma busca por imagens que representassem a diversa beleza humana, proveniente dos mais diferentes cantos do mundo. O jurado foi Peter DiCampo, fotógrafo e co-fundador do aclamado projeto "Everyday Africa". A vitória, foi para a foto do sul-coreano Marcin Jozefiak.

Intitulada "Not for everyone" (Não para todo mundo), a imagem é apenas parte do trabalho de Marcin sobre subculturas sul-coreanas que se transformará em livro no começo do ano que vem. Inclusive, já tem agenda para exposição em Milão e Berlin. Em sua avaliação, Peter comentou que a imagem transparece suavidade, mostrando as subculturas coreanas e portanto, a sua diversidade. Uma pessoa que em outro ambiente pode aparentar dureza, é mostrada com vulnerabilidade e humanidade, que com os tons suaves da imagem, os braços cruzados e a cabeça em repouso, contribui para o sucesso e intimidade da fotografia. 

Junto da imagem de Marcin, outras nove fotografias foram finalistas. o segundo lugar ficou para o fotógrafo britânico Mat Hay e o terceiro para outro coreano, Heun Jung Kim. 

O The Independent Photographer ainda premiará esse ano as melhores fotografias em preto e branco. As inscrições vão até 30 de novembro.

"Alice e Sarah no trailer da família", fotografia de Mat Hay, segunda colocada

"Tae Jung e Ha Ru", fotografia de Heun Jung Kim, terceira colocada

"Nwunye"(casamento tradicional), fotografia de Ali Dahiru, finalista

"Pioneiros", fotografia de Eduard Korniyenko, finalista


"Retrato por uma janela na chuva", foto de Kodiak Greenwood, finalista

"Fantasias de inverno", fotografia de Maria Gutu, finalista

"Coleta de plantas aquáticas", fotografia de Shibasish Saha, finalista

"Retrato da minha mãe", fotografia de Sirli Raitma, finalista

"Pimenta ouro-vermelho da Sérvia", fotografia de Vladimir Zivojinovic, finalista

terça-feira, 10 de novembro de 2020

"Quero meu sorriso de volta" - fotógrafo cria retratos com a família para lidar com o isolamento

novembro 10, 2020 | por Camila Camargo

Jorge Vargas e suas duas filhas trabalharam para caprichar nos retratos durante o período em que estiveram trancados em casa, na Argentina



Durante uma boa parte do ano, grande parte do mundo ficou preso dentro de casa. Muitos de nós temos tentado encontrar maneiras de passar nosso tempo extra, seja assando pão, tingindo roupas com tie-dye, ou maratonando reality shows na Netflix. O fotógrafo argentino Jorge Vargas passou seu tempo criando retratos criativos de suas duas filhas.

O projeto é uma colaboração familiar, uma forma de documentar a sua experiência nesse tempo histórico. A esposa de Jorge, Karina, encontra objetos pela casa, e suas filhas Athena de 10 anos, e Indra de 13, descobrem usos criativos para os itens antes de Jorge fotografar. Uma peneira se transforma em um chapéu, um pedaço do violoncelo torna-se parte de um penteado. Dois pares de óculos de sol tornam-se um acessório muito glamoroso. Os retratos são caprichosos e lembram a fotografia de moda clássica. 

"Queríamos trabalhar em um projeto que refletisse sobre o sinal dos tempos mesclando documentação e arte", disse Jorge. "Por isso escolhemos brincar com a linguagem da moda. O que a primeira vista parece ser emprestado da linguagem visual da moda rapidamente muda de elegante para lixo. Vestidos de festa se misturam a pijamas, filtros, sacos de dormir, e óculos de proteção. Frisbees como colares, cestas de frutas como chapéus, penteados bagunçados e aromas pan-étnicos combinam com um sabor caseiro. " 

A família trabalha no projeto desde o início do lockdown em 20 de março, em Buenos Aires. Nesse momento, grande parte da Argentina ainda está em lockdown, pois a contagem de casos no país continua aumentando. Jorge fez centenas de retratos, que segundo ele, exploram temas de isolamento, incerteza, deslocamento, ambiguidade, contradição, tédio, medo e esperança. Você pode conferir tudo isso nos rostos de Athena e Indra. 

As fotos documentam esse momento e ajudam Jorge e sua família a aprofundar seus laços. O projeto também permite que escapem, ainda que por um momento, das angústias que acompanham a vivência desses meses desafiadores. 

"Quando é tão difícil entender o mundo ao seu redor, o equilíbrio emocional e até a saúde mental estão em risco.", disse Jorge. "Criar um novo mundo a partir das lembranças do antigo é uma forma de preservar a sanidade. As fotos contam uma história, uma história que é o reflexo reverso de um mundo terrível. Se essas fotos tivessem algo a dizer, provavelmente seria 'Quero meu sorriso de volta' ".









Para ver mais fotos do Jorge Vargas, confira o seu perfil no Instagram: @portraits.in.quarantine

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

ODÙ e o legado negro da Feira de São Joaquim no fotolivro de Hugo Martins

outubro 26, 2020 | por Camila Camargo

Designer gráfico e fotógrafo, Hugo reúne em formato de fotolivro o resultado de uma pesquisa visual em um dos locais mais simbólicos de Salvador, a Feira de São Joaquim

Imagem de divulgação do fotolivro, via Catarse

Nascido em São Bernardo do Campo, município de São Paulo, Hugo é filho de pai negro e mãe branca. O pai saiu de Minas Gerais para viver em São Paulo e a mãe do interior para o município. Hugo por sua vez, em 2002 mudou-se para Salvador. 

Além de uma particularidade de Hugo, a migração surge como um tema quase espontâneo na vida de brasileiros. A diferença, está nos arquivos de memória, nos caminhos que conseguimos ou não enxergar, inclusive por meio da fotografia. Isso, Hugo logo percebeu durante uma pesquisa sobre a sua própria família. No trabalho "Memórias de Memória", de 2015, investigou a origem de suas raízes por parte de pai. Porém, muitas lacunas permaneceram abertas. Assim, como permanecem nas histórias de muitos negros brasileiros.

O apagamento histórico e institucionalizado da memória negra, se impõe como barreira ao seu legado. Mas em ODÙ, que em yorubá significa destino, o trabalho do fotógrafo encontra o seu caminho e consegue construir no presente uma conexão com o seu passado enquanto homem negro.

O cenário é a Feira de São Joaquim. Ela herdou espaço da antiga Feira de Água de Meninos, extinta em 1964, destruída por um incêndio. Hoje, é um dos locais mais tradicionais da cidade e de suma importância para o comércio local, distribuindo desde alimentos a artigos religiosos de matriz africana. A Feira é símbolo da resistência e da cultura negra. 

Foto de Hugo Martins, via Catarse

A ideia de construir um fotolivro vem da necessidade de apresentar o trabalho de maneira acessível não só aos interessados por fotografia, como também de pessoas interessadas nas discussões sobre a diáspora negra e cultura afro. Se não há garantias quanto ao preenchimento das lacunas do passado, ao menos no futuro teremos esses belíssimos registros. 

Ao todo são 54 imagens. Ao fugir do olhar exótico, Hugo nos convida a descolonizar o olhar, que por anos e anos ora esconde ora hiperssexualiza os corpos negros. Aqui, o foco sequer está nos rostos e corpos, está no comum, no retrato do cotidiano dos tantos trabalhadores que com dignidade vivem e sobrevivem por meio da Feira. 

O projeto está aberto para apoiadores no Catarse.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Yan Boechat é o vencedor do prêmio Vladimir Herzog na categoria Fotografia

outubro 19, 2020 | por Camila Camargo

Em reportagem para O Globo, fotógrafo mostrou o efeito da pandemia na série de retratos "Durante crise da Covid-19, mais de 30% dos óbitos ocorrem em casa em Manaus"

Fotografia da série de retratos de Yan Boechat para O Globo

O Prêmio Vladimir Herzog chegou a sua 42º edição dentro de um contexto social e político em que a pauta de Direitos Humanos aparece com cada vez mais frequência, inclusive, nas pautas jornalísticas. Como parâmetro, está o fato dessa edição ter atingido recorde de registros: 1.059 produções, divididas nas categorias "Arte", "Fotografia", "Produção Jornalística em Áudio", "Produção Jornalística em Vídeo", "Produção Jornalística em Multimídia" e "Produção Jornalística em Texto". 

A comissão organizadora do prêmio anunciou os vencedores no sábado, dia 17, durante sessão pública transmitida pelo canal do instituto no Youtube.

Para o júri, os registros de Yan Boechat se destacaram pelo caráter de denúncia, pela ética na construção e desenvolvimento do trabalho e pela relevância com o tema de Direitos Humanos. Mesmo com a pandemia avançando em números assustadores pelo Brasil e pelo mundo, aos poucos, esses números foram perdendo peso quando não associados ao rostos e imagens dessas pessoas. Diferente do que pode ser comumente encontrado em programas televisivos policialescos, o trabalho de Yan não se trata apenas de uma exposição gratuita de dor e sofrimento daquelas pessoas, e sim, de uma necessidade em humanizar e trazer para a realidade os números da pandemia. 

O trabalho de Yan não foi o único destacado. A menção honrosa, ficou para o registro "Presidente Viral" feito por Gabriela Biló para O Estado de S.Paulo. De maneira mais simbólica, a foto também é um retrato da crise pandêmica, quase como captando no espírito do instante decisivo de Bresson. Ali, o presidente brasileiro, criticado pelos seus posicionamentos em meio a crise, é visto em público, sem máscara e tossindo. 

Presidente Viral, a foto de Gabriela Biló para O Estado de S.Paulo 

A fotojornalista Gabriela Biló concorreu ainda com outra foto "Na mira" também publicada no O Estado de S.Paulo. Os demais finalistas foram: "Amazônia Pede Socorro" de Bruno Kelly para Reuters, "Um rio poluído no quinta de casa" de Michael Dantas para AFP, "Sombra da pandemia" também de Michael Dantas, mas dessa vez publicado pelo O Globo.

Sombra da pandemia, de Michael Dantas para O Globo

 Um rio poluído no quintal de casa, de Michael Dantas para AFP.

O trabalho "Culturas em conflito" de Joedson Alves para a Agência EFE estava inicialmente entre os finalistas, porém por decisão quase unânime da comissão, ele foi desclassificado do prêmio. O Instituto recebeu manifestações contrárias a indicação, vindas inclusive da liderança indígena Yanomami e da Hutukara Associação Yanomami. A discussão levantada foi sobre violação dos direitos dos povos indígenas em não serem fotografados sem autorização. Esse direito é assegurado pela Convenção 169 da OIT e pela Portaria 177 da FUNAI. A imagem, que retrata uma mulher Yanomami tentando colocar uma máscara foi realizada durante uma ação do governo que convidou os jornalistas. 

Após a divulgação dos vencedores o Instituto ainda promoverá no dia 24 de outubro uma roda de conversa com os premiados e no dia 25 outubro ocorrerá a solenidade de premiação. Ambos, serão também transmitidos pelo canal do prêmio no youtube

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Projeto reúne fotografias do Acervo de Etnologia do Museu Nacional

outubro 05, 2020 | por Camila Camargo

O objetivo é a publicação de um livro com imagens de objetos de arte indígena que faziam parte do acervo incendiado em setembro de 2018

Capa do livro

O projeto Fotografias do Acervo de Etnologia do Museu Nacional foi aprovado pela Lei Rouanet no ano passado e segue em busca de apoiadores e patrocinadores. O objetivo do projeto é a publicação do livro Artes e Rituais da Floresta Amazônica.

O livro reúne fotografias de objetos de arte indígena que faziam parte do acervo, incendiado em setembro de 2018. Incorporadas ao acervo estão as fotografias de Lélio D. Facó realizadas durante uma expedição do Museu Nacional ao Xingu, em 1978. Embora tenham sido atingidas pelo incêndio, as fotografias puderam ser recuperadas por meio dos negativos, que não estavam no local do acidente.

Segundos os idealizadores, a proposta é um inventário visual que vai contribuir para o resgate da memória da etnologia brasileira, tão importante para a nossa formação cultural.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Uma mãe, seu filho e sua ex-mulher em um retrato da quarentena cheio de humor, amor e empatia

setembro 28, 2020 | por Camila Camargo

7 de Abril, quarentena no Queens, 26º dia (Neil Kramer/Instagram)

Neil Kramer é escritor e fotógrafo do bairro do Queens, em Nova York. Como muitas pessoas ao redor do mundo, ele se encontrou num belo dia trancado dentro de um apartamento de dois quartos e um banheiro. Mas não sozinho! Com sua mãe e sua ex-mulher. Nova York foi epicentro da pandemia há pouco tempo, o que realmente levou muitas pessoas para essa situação dentro de suas casas, como maneira de evitar a infecção. A quarentena durou meses. E Kramer, junto com suas companheiras fizeram parte do grupo de pessoas que respeitaram as orientações e tomaram as precauções. Colocar-se em quarentena e se manter isolado foi e ainda é um desafio muito difícil para todo mundo. A gente precisou mudar drasticamente a nossa rotina e nosso estilo de vida. Cinema? Nem pensar. Sair para comer, também não. As compras do supermercado, chegam em casa. Tudo para evitar contatos desnecessários com outros seres humanos. E claro, essas mudanças nos afetam mentalmente, fisicamente e espiritualmente. As imagens de Kramer conseguem nos fazer vislumbrar essas características de um novo estilo de vida que adotamos, sem perder a humanidade, o humor e a ternura.

A seguir, veja um pouco desse trabalho, com as legendas que o próprio Kramer colocou em seus posts do Instagram.

24 de Março, quarentena no Queens, 12º dia (Neil Kramer/Instagram)

 "As tensões já estão aumentando"

3 de Abril, quarentena no Queens, 22º dia (Neil Kramer/Instagram)

 "Uma família que se automedica junto, permanece unida"


5 de Maio, quarentena no Queens, 55º dia (Neil Kramer/Instagram)

 "Precisa de um corte? O salão da quarentena agora está aberto. Apenas com agendamento. "

11 de Maio, quarentena no Queens, 61º dia (Neil Kramer/Instagram)

"Nós passamos da marca de dois meses. A gente tem dormido muito, mesmo a tarde. Você não precisa ser o Freud para saber o que é depressão. Existe um limite de quanto tempo alguém pode ficar em quarentena com as mesmas pessoas por todo o tempo sem que isso afete a sua saúde mental. Nós precisamos nos exercitar, eu disse. A gente precisa dançar, pela nossa saúde mental."

20 de Maio, quarentena no Queens, 70º dia (Neil Kramer/Instagram)

"Um dos argumentos para não usar máscara do lado de fora, é que somos um país livre. Para muitos, pedir a alguém que faça algo que lhe incomoda, é uma violação da liberdade individual. Se alguém sofre riscos com o vírus, como as pessoas idosas, elas é que devem ficar em casa. Isso é algo mais fácil de se dizer do que fazer. Depois de meses, ficar em casa também se torna uma violação da liberdade pessoal para os mais velhos e para as pessoas com problemas de saúde."

25 de Julho, quarentena no Queens, 133º dia (Neil Kramer/Instagram)

"Todo mundo está perdendo a esperança. Você pensou que a gente estava, também. Mas não, não a gente. Nós somos o melhor exemplo do otimismo. Quando nós vimos um cinema aqui perto de casa com o aviso de 'vamos abrir em breve' já nos organizamos para sermos os primeiros da fila. E então estamos esperando."

16 de Agosto, quarentena no Queens, 151º dia (Neil Kramer/Instagram)

"Sophia me mostrou um artigo publicado no The Wall Street Journal sobre a importância do abraço, e comentou que nunca vê eu e minha mãe nos abraçarmos. Eu disse que os Kramer's nunca foram uma família de muitos abraços. Sophia disse que para sobreviver a essa pandemia, nós devemos nos abraçar todo dia. Eu e minha mãe protestamos. 'Mas a gente pode ser como naquele programa de TV seu favorito', Sophia disse a minha mãe. E assim, na nossa primeira encenação de 'As super gatas', Sophia faz a Blanche, eu sou a Rose, e minha mãe é definitivamente a Dorothy. Obrigado por ser minha amiga. 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Russa recria uma obra de arte por dia e publica nas redes sociais

setembro 22, 2020 | por Camila Camargo

Liza Yukhnyova produz sua própria maquiagem, cenário, vestuário, cabelo, tira as fotos com o celular e publica o resultado final sem uso de Photoshop

Sem título, de Aykut Aydogdu 

Tudo começou com o desafio feito pelo The J. Paul Getty Museum de Los Angeles, que instigou a criatividade dos amantes da arte pedindo que durante a quarentena, as pessoas postassem fotos suas, em casa, recriando as suas obras favoritas. O sucesso foi gigantesco, a moda inclusive chegou no Brasil, replicada pelo canal Arte1 no Instagram. E lá em São Petersburgo, na Rússia, cidade onde Liza mora, também não foi diferente. Logo ela resolveu embarcar no #gettychallenge e aparentemente, foi um caminho sem volta. Desde então ela publica uma recriação por dia nas redes sociais, levando a brincadeira pra outro nível!

Além de todo o trabalho com a produção da imagem em si, Liza tem seguido uma lógica nas suas publicações, dividindo algumas imagens por séries. A recriação de Cassandra, conhecida na mitologia grega  por suas previsões catastróficas, está na série de fotos sobre obras de mulheres místicas. Mas também é possível encontrar uma série com obras de artistas do Oriente Médio, como a ilustração de Aykut Aydogdu ou de símbolos indianos, como a Bharat Mata (Mãe-Índia) de Abanindranath Tagore.

As publicações já chegaram aos 147 dias consecutivos e continuam a todo vapor. Confira aqui um pouquinho da criatividade dela e acompanhe o trabalho completo no Instagram ou Facebook

Cassandra, de Frederick Sandys

Bharat Mata, de Abanindranath Tagore 

Sophia Alekseyevna, de Ilya Repin 

The Last Day of Pompeii, de Karl Bryullov

Pink Tunic de Tamara, de Lempicka 

Judith Beheading Holofernes, de Caravaggio 

Fonte: Design You Trust