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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Aprenda como usar o modo TTL do flash

outubro 25, 2017 | por Resumo Fotográfico


Apresentamos mais um conteúdo da série de Dicas de Fotografia com truques e tutoriais retirados direto dos livros da iPhoto Editora. Hoje trazemos os ensinamentos retirados do livro bestsellerSem Medo do Flash”. Confira:

“Após comprar uma câmera e uma objetiva, sentimos a necessidade de ampliar nosso equipamento com um flash. As dúvidas aparecem: será que vou saber utilizá-lo? Alguém nos sugere comprar um flash que tenha o modo TTL e que simplesmente o coloquemos na sapata da câmera e deixemos que faça seu trabalho. Empolgados com uma dica tão clara e amigável, decidimos ir até a loja e comprar um flash desse tipo. Esperançosos, o colocamos em cima da câmera e começamos a utilizá-lo. Depois de poucos dias, o guardamos novamente na caixa, lembrando de modo amargo do conselho de nosso amigo. Os resultados foram desastrosos, favorecendo uma nova visão da fotografia que exclui totalmente o uso do flash. Por isso, é muito comum em conversas com outros fotógrafos ouvirmos frases como “prefiro a luz natural”. Embora o TTL seja o modo mais automático que se pode selecionar em um flash, na maioria das vezes ele exige que o fotógrafo saiba configurá-lo de maneira correta para tirar o máximo proveito de seus recursos.

A sigla TTL (Through the Lens, que significa “através da lente”) serve para denominar o modo mais automatizado do flash, no qual a luz necessária para fazer a foto é calculada de maneira totalmente automática. Quando utilizamos esse sistema, antes que se exponha a fotografia, um pequeno pré-flash é disparado, iluminando a cena. Essa pequena luz rebate no sujeito e penetra na lente até chegar a uma célula de medição integrada no corpo da câmera. Um pequeno processador determina a duração do disparo do flash para a exposição adequada em função dessa quantidade de luz, dos parâmetros de exposição selecionados na câmera e de outros dados e circunstâncias que o sistema considera relevantes. Depois, envia um sinal ao flash através dos contatos da sapata com os dados precisos para a exposição considerada adequada, ou seja, a duração do disparo do flash.

Na Nikon, o padrão de medição selecionado na câmera será o padrão que o flash irá adotar.

Embora seja capaz de medir a potência necessária para efetuar um disparo utilizando a quantidade de luz que o pré-flash reflete em determinado sujeito, minha câmera não medirá igualmente uma pessoa de pele escura vestida de preto e uma pessoa de pele muito clara vestida de branco. A realidade é que as duas pessoas necessitarão da mesma quantidade de luz para saírem bem expostas na foto, mas cada uma reflete uma proporção diferente. Como minha câmera vai saber se estou diante de uma pessoa de pele escura ou se estou diante de uma pessoa de pele muito clara?

Igual ao que acontece com o fotômetro da câmera, o cálculo da exposição é baseado em um sistema de medição de luz refletida (já que mede a luz do disparo que o sujeito reflete). Portanto, essa luz deve ser interpretada.

A maioria das câmeras mede o disparo do pré-flash como se o objeto refletisse de 18 a 25% da luz recebida (essa cifra depende do modelo e marca da câmera). Portanto, em cenas com objetos muito claros e fundos muito brancos, é provável que a medição TTL emita um disparo de flash que deixe a imagem subexposta. Por outro lado, em cenas noturnas, em que o fundo possui um céu completamente escuro, é muito provável que o disparo superexponha a cena.

A Canon permite selecionar entre dois padrões de medição para flash (matricial e ponderada), independentemente do modo selecionado na câmera.

Considerando que o sistema TTL é baseado na medição refletida, a primeira coisa que devemos entender é que ele segue um padrão específico de medição (caso não lembre o que é um padrão de medição, consulte a página 24). Porém, cada fabricante possui critérios diferentes para definir o funcionamento dele. Muitas marcas, entre elas a Nikon, baseiam a medição do flash TTL no padrão escolhido na câmera. Em outras palavras, se selecionarmos na câmera, por exemplo, o padrão ponderado ao centro, o flash funcionará da mesma forma.

A Canon, por sua vez, utiliza um sistema diferente. Em uma das opções do menu da câmera, é oferecida a possibilidade de trabalhar em “TTL avaliativa”, que é similar ao “matricial”, ou “TTL ponderada”, independentemente do modo de medição selecionado na câmera.

A minha recomendação é que, tanto os usuários da Nikon, como os da Canon, adotem como padrão para o seu flash o sistema de medição ponderada com predominância ao centro. Por que fiz essa escolha? O motivo principal é que esse tipo de medição oferece um maior controle sobre a iluminação, pois faz a medição em uma zona reduzida, que pode ser adaptada às nossas necessidades com maior liberdade. Você deve estar pensando que a medição pontual daria mais controle ao fotógrafo, mas não é bem assim, pois não existe esse modo de medição nas câmeras da Canon (lembre-se que estamos falando de medição TTL do flash) e os fotógrafos que usam Nikon, se escolherem a medição pontual, vão perder a opção de usar alguns dos modos mais avançados do TTL (por exemplo, o TTL-BL).

Na Nikon, se escolhermos o padrão de medição pontual, o modo TTL-BL (flash de preenchimento automático equilibrado) não funcionará

O sistema TTL tem evoluído e incorporado novas tecnologias para conseguir exposições cada vez mais precisas. Medições mais equilibradas com a luz ambiente e a preservação dos brilhos no fundo são algumas das últimas inovações desse sistema. As diferentes marcas, em uma tentativa de diferenciar sua tecnologia, têm criado uma diversidade de nomes para identificar seus sistemas, como I-TTL, E-TTL, TTL-BL etc”

Este texto foi retirado do livro “Sem Medo do Flash”, de José Antonio Fernández. Você o encontra à venda na loja online da iPhoto Editora.
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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Como criar luz de janela usando flash?

outubro 18, 2017 | por Resumo Fotográfico


Apresentamos mais um conteúdo da série de Dicas de Fotografia com truques e tutoriais retirados direto dos livros da iPhoto Editora. Hoje trazemos os ensinamentos retirados do livro bestsellerSem Medo do Flash”. Confira:

“Cristina Santamaria é uma entusiasmada empreendedora que dirige um negócio de cosmética natural chamado Mío. Com uma simpatia transbordante, sente-se orgulhosa da sua oficina-estúdio, onde não só oferece seus produtos, como os elabora.

Alguém aí diz: “Prefiro a luz natural”… Em muitas oportunidades dispomos dela em quantidade suficiente para não termos problemas, mas o certo é que na maioria das vezes a luz natural nos obriga a aumentar a sensibilidade e, com isso, o ruído, ou a disparar a velocidades nas quais fica difícil obter uma imagem nítida. Nesta ocasião, a luz que entrava pela vitrine inundava a oficina com uma intensidade muito baixa. Ajustei o tempo de obturação no limite do que considerava aceitável para obter uma imagem sem trepidação (1/60 de segundo) e abri exageradamente o diafragma a f/2.8, apesar de que tanto Cristina como a oficina apareciam subexpostos. Embora não estivesse obtendo os níveis de intensidade desejados, consegui, até certo ponto, uma cena medianamente iluminada; e quando falo “medianamente”, me refiro a dois pontos abaixo do razoável.


Considerando que a luz que entrava pela vitrine não era direta do sol, senão originada pela luminosidade do céu azul, a qualidade era suave e a dispersão alta. Então, decidi que devia imitar essa amável iluminação e coloquei um softbox de 60x60cm suficientemente perto de Cristina para oferecer uma luz suave, que conferisse mais protagonismo, porém distante o suficiente para dispersar por todo o enquadramento selecionado na câmera, embora em menor intensidade.

O softbox é um dos modificadores mais simples e fáceis de usar que temos à nossa disposição. Minha intenção neste trabalho foi imitar uma janela de vidro utilizando o softbox do meu flash. Nessas ocasiões, a luz disponível é muito bonita, mas a intensidade nem sempre se mostra suficiente. Se não tivesse utilizado o flash, teria que disparar a ISO 400 e não poderia dirigir a luz até Cristina com esse degradê suave, em termos de intensidade, com relação ao resto da cena”.


Este texto foi retirado do livro “Sem Medo do Flash”, de José Antonio Fernández. Você o encontra à venda na loja online da iPhoto Editora.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Como fotografar com o céu nublado?

outubro 11, 2017 | por Resumo Fotográfico


Apresentamos mais um conteúdo da série de Dicas de Fotografia com truques e tutoriais retirados direto dos livros da iPhoto Editora. Hoje trazemos os ensinamentos do fotógrafo italiano Danilo Russo, retirados do livro “Iluminação: Teoria e Prática”. Confira:

“A mesma luz, suave, obtida à sombra, ocorre em dias nublados. As nuvens funcionam como um filtro para a luz solar, deixando-a suave, como se houvesse um gigantesco softbox iluminando a Terra. Imagens produzidas nessas condições são caracterizadas pelo baixo contraste luminoso, criando uma estética específica, não aplicável a todos os trabalhos, mas que resolve muitos casos. Detalhe ao qual devemos prestar muita atenção é o fato de a luz que ilumina o indivíduo vir de cima. Isso, conforme sua fisionomia, pode ocasionar sombras escuras na cavidade ocular, escondendo os olhos do modelo e transmitindo uma sensação negativa na leitura de sua personalidade.

Esta foto foi feita num dia de chuva. ISO 200, 1/350, f/3.5, 50mm, Canon EOS 10D

No caso do dia nublado, existe uma técnica que permite mudar a proporção de iluminação entre o sujeito e o fundo, dando à imagem uma luminosidade que a cena não tem na realidade. A técnica consiste em diminuir a quantidade de luz que chega ao modelo, bloqueando-a com uma tapadeira, um rebatedor ou um pedaço de tecido. Dessa forma, a intensidade da luz na área onde o modelo está localizado diminui em relação à área não coberta. O próximo passo é regular a fotometria pela intensidade da região “em sombra”.

O céu nublado funciona como um filtro para a luz solar. ISO 320, 1/500, f/4.0, 90mm

Dessa maneira, teremos o sujeito fotometrado corretamente e o fundo superexposto. Essa diferença cria o efeito luminoso desejado. Além disso, o fato de bloquear a luz que vem diretamente de cima impede que ela projete sombras indesejadas no rosto do modelo”

Esse texto foi retirado do livro “Iluminação: Teoria e Prática”, de Danilo Russo. Você o encontra à venda na loja online da iPhoto Editora.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Aprenda a perceber a luz na fotografia

outubro 04, 2017 | por Resumo Fotográfico


Hoje começamos uma série de dicas de fotografia com truques e tutoriais retirados direto dos livros da iPhoto Editora. Para esta primeira publicação, trazemos os ensinamentos do fotógrafo italiano Danilo Russo, retiradas do livro “Iluminação: Teoria e Prática”. Confira:

“Há inúmeras condições luminosas na natureza. Essa constatação, no entanto, não deve dissuadi-lo do estudo da iluminação. Embora seja impossível catalogar todas as combinações existentes, estudiosos antes de nós já fizeram um grande trabalho de simplificação e, hoje, podemos contar com poucas e distintas categorias, onde cabem todas as possíveis situações. Antes de apresentá-las, porém, vale a pena demandarmos algum esforço de análise. Veja as imagens a seguir e reflita sobre elas:


Em qual momento do dia você acredita que elas foram tiradas? Qual sensação elas transmitem: é um dia quente e ensolarado ou um aconchegante fim de tarde? A luz é dura ou suave? Agressiva ou delicada? Qual é a sua direção? Essa luz tem uma cor evidente? Se sim, qual? Como você descreveria as sombras?

Agora veja as imagens abaixo e reflita novamente: em que diferem das que estão acima? Faça-se as mesmas perguntas que respondeu há pouco. Quais são as suas conclusões?

As imagens usadas representam diferentes momentos do dia. Você deve ter percebido isso e conseguido responder às perguntas solicitadas. Mas pense por um momento. Você soube definir cada horário, percebendo as diferenças, antes de ler as perguntas? Tinha percebido conscientemente as diferenças? Se a resposta for sim, você está de parabéns: sua visão está aguçada. Continue treinando. Experimente avaliar diferenças mais sutis e procure por mais detalhes. Mas, se a resposta for não, não se abata, apenas precisa treinar mais, repetir mais vezes este exercício e praticar os próximos.


Treine sua sensibilidade à luz

Olhe e sinta. Estes são alguns exercícios práticos para melhorar sua percepção da luz.

Primeira parte: procure, em atividades do seu cotidiano, prestar atenção na iluminação do ambiente. Verifique a direção da luz, a sua natureza e a direção e intensidade da sombra – e, eventualmente, a cor da luz.

Exemplo 1 – a luz num vagão de trem do metrô: no ambiente, a luz é suave, bem difusa, iluminando de cima para baixo, com pouca variação de intensidade até o chão. Cor: tendência esverdeada ou acinzentada. Nas pessoas, há sombras claras embaixo dos olhos e do queixo.

Exemplo 2 – um dia de sol na praia, aproximadamente às 10 horas da manhã, céu anil com algumas nuvens brancas, mar azul, areia amarelo-claro. Luz brilhante e pontual, quente, vinda de cima, sombras abertas e claras, extrema nitidez e presença de detalhes.

Exemplo 3 – cidade, noite, andando a pé na calçada iluminada exclusivamente por postes dispostos a dez metros uns dos outros. Céu escuro, sem lua: luz pontual de cima para baixo, sombras escuras, múltiplas sombras, ambiente azulado e escuro.

Cada situação tem uma iluminação específica. Você percebeu como e o quanto muda a relação de luz entre a parte iluminada e a área em sombra? Você tem uma ideia da quantidade de luz desses ambientes? E a relação de iluminação? Você saberia reproduzir essa iluminação?

Segunda parte: repita o exercício anterior medindo a luz do ambiente com um fotômetro. Meça a luz geral do ambiente, a iluminação das áreas claras (onde a fonte luminosa incide) e a exposição nas sombras.

Terceira parte: fotografe os ambientes analisados anteriormente e verifique se a câmera reproduziu a relação de iluminação que você percebeu visualmente. Se isso não aconteceu, tente pensar o que fazer para alcançar o resultado visual desejado na reprodução fotográfica.

Se não conseguiu, não desanime. Um dos objetivos deste livro é mostrar como fazê-lo. Os conceitos aqui listados representam um panorama geral das observações sobre a luz, os efeitos psicológicos e a importância de entender como influem na prática fotográfica. É fundamental que o fotógrafo domine os conceitos aqui listados e, o mais importante ainda, adquira a sensibilidade necessária para perceber as implicações desses princípios. Assim, ele pode escolher entre respeitar ou quebrar paradigmas, determinando a comunicação visual e a estética da imagem.”

Esse texto foi retirado do livro “Iluminação: Teoria e Prática”, de Danilo Russo. Você o encontra à venda na loja online da iPhoto Editora.