No final do ano passado, a Lytro anunciou uma câmera que permite o ajuste focal da imagem após a sua captura. Mas além dessa nova tecnologia, o aparelho chamou atenção também por seu design inovador. Sem muitos botões ou controles de qualquer recurso, a câmera apresentou uma nova maneira de segurar o equipamento fotográfico.
Em Fevereiro desse ano, o designer Jean Michel Bonnemoy apresentou o projeto de um novo conceito em câmera, a D-CAN, que como o próprio nome sugere (can significa lata em inglês) tem formato tubular e seria manuseada de forma similar a uma luneta.


Câmera Lytro (a esquerda) e a D-CAN apresentam novas formas de empunhar os equipamentos fotográficos.
Esses novos conceitos colocaram em xeque a ergonomia das câmeras atuais e gerou discussão entre os fotógrafos. Seria esse novo design uma tendência para as novas câmeras fotográficas?
Devemos lembrar que o formato das câmeras sempre foi definido especialmente pelo tamanho do suporte fotossensível, além de outros aspectos de reflexão da luz em seu interior. A partir do advento digital, o espaço utilizado para o filme deu lugar ao sensor, componentes eletrônicos e bateria, porém, tudo dentro do velho conceito ergonômico, adotado para abrigar os rolos de 35mm. Esse formato, no entanto, não é mais necessário, permitindo que as câmeras possam ser adequadas a uma nova ergonomia que priorize outros elementos.
Ainda em 1990 a Canon lançou a Photura (conhecida como Epoca na Europa e Jet no Japão), uma câmera 35mm que também parecia uma lata, bastante similar a uma filmadora da época. Sua grande vantagem era a utilização com uma só mão.
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Foto: George Eastman House / Reprodução |