Foto: Paula Sampaio |
Luiz Braga vive e trabalha em Belém. Fotografo autodidata, iniciou-se na fotografia aos 11 anos. Sua obra é reconhecida pela experimentação e domínio da cor, com a qual passou a despontar no panorama da arte brasileira contemporânea e pela a abordagem da visualidade amazônica, cuja originalidade passa ao largo dos estereótipos que moldaram a visão do mundo sobre a região.
O domínio da cor e da luz que tem Luiz Braga foram justamente os motivos para que o curso do Sesc Boulevard tivesse procura tão grande, sendo necessário realizar seleção. Artista consagrado, Braga mostrou aos participantes o quão necessário é sair de sua zona de conforto e procurar realizar trabalhos de acordo com suas inquietações pessoais.
Ele se lançou ao novo, seja na forma de expor com o tríptico “Menina e carvão” ou na “Banhista de Outeiro” que permanece no Museu, mesmo quando sua foto já foi retirada da parede. A imagem de Dauana Parente, modelo para a série de fotos que emolduram uma parede da exposição mostra a marca da imagem não só como obra, mas como parte da vida de Luiz.
A partir da experiência pessoal do fotografo, os participantes do curso puderam aprender a atravessar seus limites. A sensibilidade das lentes de Braga, tangida pela violência da cidade, procurou em lugares como o quilombo do Pau Furado, em Salvaterra, no Marajó, os reais contornos da luz.
O curso do Sesc Boulevard encerra na próxima quarta-feira (25), durante os três dias de vivência com o fotografo os participantes serão questionados sobre o que querem tornar visível. Saídas fotográficas, exposição do que foi produzido e debate entre eles, também fazem parte da programação da ação educativa.
Texto: Deborah Cabral