O grupo ligado à FLM (Frente de Luta por Moradia) tinha ocupado o prédio por volta das 23h desta terça (1º). Segundo militantes, ao menos 250 pessoas –incluindo crianças e idosos– estavam no interior do edifício.
Após uma hora que o grupo estava no local, policiais militares invadiram o prédio para retirar os sem-teto. Uma das lideranças da FLM disse que policiais à paisana e fardados arrombaram uma porta e começaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo.
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Fotógrafa da Folha fica ferida após ser atingida por tiro de bala de borracha da PM (Jornalistas Livres/Reprodução) |
Líderes da ocupação tentaram negociar com os PMs, mas foram agredidos, de acordo com sem-teto. Assustados, os sem-teto começaram a deixar o prédio por outra porta. Na confusão, algum deles ficaram feridos.
A fotógrafa Marlene Bergamo viu a confusão e foi perguntar o que estava acontecendo. Apesar dela ter levantando as mãos e falado que era da imprensa, um policial deu tiro de bala de borracha na sua barriga. Ela foi levada ao hospital.
Segundo a FLM, o prédio ocupado pertence a uma imobiliária que deve milhões de IPTU. Esta é a terceira vez que o grupo ocupa o edifício, mas a primeira que foram expulsos pela PM.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou, em nota, que foram arremessadas pedras e madeiras em direção aos policiais, ferindo um PM, e que o vigia do prédio chegou a ser feito refém pelos sem-teto. Três pessoas foram detidas, encaminhadas para o 8º DP (Brás) e liberadas em seguida.
"A SSP apura eventuais excessos na conduta dos policiais e, caso constatados, providências cabíveis serão tomadas", destaca a pasta.
da Folha