Andréa GuidoNesta quinta-feira (27), às 19h, acontece a abertura da exposição “O chão da nossa casa”, realizada pelo coletivo Ruptura, que acompanha desde 2020 a tragédia do afundamento do solo em bairros de Maceió. A exposição fica em cartaz até 6 de março, na Galeria de Artes do Complexo Cultural Teatro Deodoro.
A mostra compõe uma narrativa visual que revela o drama dos moradores atingidos pela consequência da mineração de sal-gema na capital alagoana, e que os prejuízos vão muito além do material. Mais de 50 mil pessoas estão deixando suas casas, escolas e comércios fechando, uma linha de VLT foi interrompida, prédios históricos sob risco e a inflação imobiliária batendo recorde. Tudo isso, após um abalo sísmico de 2,5 pontos na escala Richter.
Arthur Celso
Ao todo são 40 fotos, algumas formando conjuntos, coloridas e em preto e branco, que oferecem aos seus expectadores uma leitura ampla, e não menos detalhada, dessa problemática avaliada como uma das maiores tragédias socioambientais urbanas do planeta. Além das imagens, a exposição também traz instalações montadas com peças das moradias destruídas pelas rachaduras, o que completa o conceito apresentado pelo coletivo Ruptura.
Segundo Jorge Vieira, um dos curadores da mostra, “esta é uma expressiva oportunidade de se entender a extensão desse drama, e de se solidarizar com os atingidos diretos, além de compreender que é uma problemática que diz respeito a todos os moradores de Maceió”.
Dilma de Carvalho
Itawi Albuquerque
Jorge Vieira
SERVIÇO:
Exposição “O chão da nossa casa”
Abertura: 27 de janeiro de 2022, às 19h
Período: de 28 de janeiro a 6 de março de 2022
Local: Complexo Cultural Teatro Deodoro - Rua Barão de Maceió, 77, Maceió/AL
