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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Bokeh e flares: Tutorial de fotografia still

junho 15, 2017 | por Ligia

Veja abaixo o tutorial que a criativa fotógrafa russa Dina Belenko publicou no site 500px:

Existem três razões para tentar uma fotografia still life como esta. Primeiramente o movimento na cena é sempre atrativo, especialmente nos líquidos. Em segundo lugar, lindos flares poligonais no bokeh parecem quase mágicos de tão hipnotizantes. Em terceiro lugar, é uma boa oportunidade para expressar seu amor e nostalgia pelo mar. Consiga algumas pedras, um pouco de areia e uma garrafa com uma mensagem, um pequeno farol de madeira ou uma concha grande e crie sua própria história sobre navegações obscuras, tempestades e aventura.



1. Equipamento e acessórios

Antes de tudo, precisamos de uma fonte de luz adequada para fotografar respingos. Neste caso, utilizei dois flashes: um em um strip box e outro com um difusor.

Você pode fotografar com luz natural, se preferir, mas deste modo as gotas de água podem ficar um pouco borradadas e não serão transformadas no bokeh com flare poligonal. Se você tem uma lente macro, pode usá-la por permitirá que você fotografe de uma distância maior, mantendo a câmera protegida dos respingos.

Precisaremos então de um borrifador. É interessante escolher um que produza gotas maiores. Se o borrifador fizer uma espécie de névoa, pode-se substituí-lo por uma garrafa de plástico com pequenos orifícios na parte inferior e utilizá-la para espalhar as gotas.

Escolha alguns itens que você deseja usar para criar uma natureza morta. Pode ser algo de pirata, ou praticamente qualquer coisa que fique bem com a água – por exemplo, frutas, flores, folhas ou até garrafas de limonada. Além disso, um tripé será muito útil.

2. Composição

Seja simples. Acho útil desenhar um esboço primeiro. Isto ajuda a organizar todos os adereços principais e adicionar detalhes.



Não se esqueça de manter algum espaço livre no quadro para o bokeh e as gotas de água.




Se o seu fundo for escuro, as gotas de água ficarão mais visíveis.

3. Iluminação

A chave para um lindo bokeh com flares e destaques é a luz de fundo. No meu caso, é um flash dentro de uma strip box, colocado do lado direito e um pouco atrás da cena. Se fosse possível eu penduraria esta luz logo atrás do fundo para iluminar as garrafas, mas não propriamente o fundo. Esta é a luz chave.

Se você trabalhar com luz natural, posicione sua câmera bem em frente à janela, como se fosse fotografar uma xícara de chá fumegante. Não coloque nenhum pano de fundo vertical pois isso bloqueará a luz.

A luz de preenchimento, que suspende as sombras e cria volume está definida no lado direito da cena. No meu caso é um flash atrás de um grande difusor. Você pode substituí-lo por um grande refletor, caso queira.

Além disso, tem um tapador entre a luz chave e o  fundo (pode ser uma folha estreita de papelão), para reduzir a luz de fundo, tornando a cena mais escura.



Você pode observar como coloco minhas luzes passo a passo: esquerda: apenas luz-chave; Centro: luz chave + luz de preenchimento; Direita: luz chave + luz de preenchimento + tapador.

Observe que ambos os flashes estão ajustados em baixa potência, pois cria um rápido pulso  de luz, que congela o movimento do líquido.



4. Fotografando

Coloque a câmera em modo de disparo contínuo para fazer fotos em série. Mantenha uma grande abertura na lente (no meu caso foi f / 2.8) para ter pouca profundidade de campo. Isso garantirá que a maior parte das gotas aparecerá como um belo flare poligonal. Agora está tudo pronto para fotografar.




Pulverize um pouco de água em uma direção que não a deixe em foco e tire uma sequência de fotos.



5. Edição

Agora você pode escolher sua melhor foto e utilizá-la como está. Ou, você também pode escolher uma série de fotos com as gotas mais bonitas e combiná-las.



Eu combinei quatro fotos, colocando cada uma delas em uma camada separada no Photoshop utilizando máscaras.



Coloque algum brilho à imagem ajustando as cores e o contraste.



Voilá! Aqui você pode observar todo o processo do início ao fim.

Sua natureza morta submarina está pronta! Espero que o processo tenha sido divertido. Para ver outros tutoriais como este,  bastidores de fotos e meus trabalhos mais recentes, siga minha página no Instagram.

Mantenha-se inspirado e boa sorte!

Dina Belenko é mestre da fotografia criativa de natureza morta, embaixadora de 500px e uma fotógrafa bem sucedida do mercado.

Fonte: 500px

sábado, 6 de maio de 2017

Uma série de nus que rompe com o binário de gênero

maio 06, 2017 | por Ligia

Os indivíduos retratados no mais novo fotolivro publicado por Maggie West recusam-se a ser categorizados


Grande parte dos livros de fotografia de nu cai em uma destas duas categorias - super masculinos ou super femininos. Maggie West, uma fotógrafa que vive em Los Angeles buscou uma forma de mudar este padrão. Seu novo fotolivro, intitulado “23”, apresenta 23 modelos que são uma mistura de cis e transgêneros - e deliberadamente os gêneros como inseparáveis.

West projetou seu nome com seus dois livros anteriores - “Kiss”, um livro sobre a intimidade dos beijos e “Fluids”, para o qual fotografou fluidos corporais sob lentes microscópicas - e agora a fotógrafa voltou suas lentes para as formas humanas. “Acredito que o gênero e a sexualidade são fluidos,” conta por telefone de seu estúdio. “As pessoas não são exclusivamente uma coisa, em nossos traços e características, então eu tinha o desejo de fazer um livro de nus que fosse mais contemporâneo, que fosse idealizado de um jeito menos binário. Eu sentia que muitos dos livros de nu tinham homens muito masculinos e mulheres muito femininas. Eu queria registrar um espectro.”

Ela levou dois meses para fotografar uma variedade de modelos que conheceu por intermédio de amigos, no Instagram e pela primeira agência de modelos transgênero de Los Angeles, a Slay Models. “Eu apenas me mantive encontrando novas pessoas muito legais e tinha vontade de colocá-las no livro”, conta a fotografa. “Eu tinha a sensação de que o livro poderia continuar para sempre, então eu precisei finalizá-lo por um número arbitrário e esse número foi o 23.”


O livro apresenta a modelo trans Alice Wanzer, que faz parte do elenco de Strut, um reality show de moda transgênero no canal Oxygen Network. “Uma das coisas mais legais de fazer este livro foi a oportunidade de conversar com pessoas sobre como é ser trans”, conta West. “Conversas longas a respeito de como trabalhar com modelos trans, suas vidas e experiências.”

Wanzer também escreveu um dos ensaios introdutórios para o livro contando sua experiência como modelo. “Quando sou aplaudida por minha coragem em me expor e falar abertamente sobre minha identidade de gênero, me sinto envergonhada da humanidade”, escreve ela. “Vivemos em um mundo onde as pessoas preferem ser beijadas com a mentira ao invés de açoitadas pela verdade, e eu sou a verdade olhando para a sua cara. Tudo o que você tem aprendido e olhado como ‘normal’ a respeito de meninos e meninas está totalmente errado. O gênero é um espectro que não pode ser explicado apenas pelos genitais e pintado com cores pastéis.”

West ainda fotografou James Darling que é modelo e celebridade pornô. Ele foi uma das primeiras estrelas trans da indústria pornográfica, invadindo o segmento em 2009. Darling é um ex-trabalhador do sexo e entrou no segmento representando corpos trans no ambiente erótico e fotografá-lo reflete uma vibração semelhante. Também faz parte do livro o cantor e compositor Ryan Cassata que fala abertamente sobre ser trans e tem dado palestras pelos Estados Unidos sobre assumir a identidade trans, cirurgias de mudança de sexo e bullying.


Alguns dos modelos são figuras recorrentes nos trabalhos de West, como Christopher Zeischegg. Uma ex-celebridade pornô que era conhecida pelo nome de Danny Wylde e apaixonou-se por West durante as sessões de fotos para seu livro Fluids e desde então se tornou seu namorado. “Houve momentos ao longo de nossas conversas onde sentíamos como se estivéssemos em um filme – onde os desejos encontravam sua satisfação, e de certa maneira, parecia se bom demais para ser verdade”, escreve Zeischegg na introdução do livro. “Estava completamente apaixonado pelo trabalho de West e também pela forma como ela falava sobre ele.”

Para West foi mais fácil fotografar as estrelas pornô por que elas ficavam confortáveis nuas em seu estúdio que estava cheio de géis coloridos e luzes que davam um efeito hiper-realista às fotos. “Gosto de emoções verdadeiras em ambientes artificiais, eles se encaixam quando juntos”, diz West. “Muito do meu trabalho tem a ver com intimidade e vulnerabilidade.”


West também fotografou a celebridade pornô Janice Griffith que ficou famosa quando quebrou o pé enquanto fotografava para a revista Hustler há alguns anos e a publicação recusou-se a cobrir suas despesas médicas. Griffith critica abertamente as categorias racistas da indústria pornográfica – ela já foi classificada como Latina, Asiática e meio-negra – e ela não apoia como o conceito étnico é fetichizado pela pornografia (ela é índio-guianense e branca). A celebridade pornô americano-jamaicana Kira Noir, que é assumidamente bissexual, também foi fotografada para o livro.

As fotos tiradas de Noir por West a mostram sob uma luz algo andrógina, exatamente o ponto em questão. “Androginia é quando você não consegue afirmar se é masculino ou feminino e este conceito é bem proeminente no livro”, conta West. “Não acredito que esse livro irá resolver os problemas da sociedade sobre gênero e sexualidade, eu só queria oferecer uma visão mais inclusiva a respeito da sexualidade moderna, que não tem sido abordada nos livros de fotografia.”

Traduzido de i-D / Vice

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Conheça os artistas que brincam com as regras da fotografia documental

abril 24, 2017 | por Ligia

Em artigo para a LightBox, seção de fotografia da revista time, Laurence Butet-Roch apresenta uma série de trabalhos artísticos que desafiam as noções de veracidade e subjetividade dentro do fotojornalismo.

Empoleirado em um ponto de observação que lhe ofereça uma visão abrangente do parquinho, o fotógrafo James Mollison aguarda pelo sinal da escola. Assim que as crianças chegam correndo para fora ele tira fotografias e mais fotografias capturando o fluxo de suas brincadeiras. Enquanto faz isso, pensa sobre sua própria infância e em como o momento do recreio ajudou a moldar seu caráter. “Nenhuma foto única seria capaz de transmitir a complexidade de emoções e experiências que se tem num pátio de escola”, conta ele. “Eu queria criar imagens sedutoras e em camadas, então fui obrigado a combinar partes retiradas das imagens fotografadas durante o recreio, escolhendo quais incidentes ou expressões eu incluiria.”

Ele denomina os quadros resultantes de “still time-lapses”. “Pode não ser a fotografia documental em essência, mas é fiel. Todas estas interações aconteceram, no entanto nem todas de uma vez. É o tempo encapsulado em um quadro,” acrescenta o fotógrafo britânico.

Em uma época na qual o campo do fotojornalismo luta para se recuperar das controvérsias relacionadas à manipulação antes, durante e após as fotos serem tiradas, fotógrafos como Mollison que busca a partir de suas combinações uma forma de falar sobre o mundo ao seu redor, desafiam ainda mais as noções de veracidade e subjetividade dentro do fotojornalismo.

“O momento decisivo é um conceito importante, no entanto não experimentamos o mundo desta maneira”, diz o fotógrafo Sean J. Sprague. A vida é uma montagem de acontecimento que se reúnem ao longo do tempo. Ao passar várias horas fotografando uma mesma cena e mesclando elementos de cada foto em um quadro único, crio de algum modo, uma representação mais verdadeira deste espaço, pois não estou captando apenas um momento isolado. Depois de uma primeira viagem para documentar o funcionamento interno de uma fazenda industrial em 2010, com resultados bastante insatisfatórios, o homem de 33 anos decidiu passar vários dias fotografando milhares de close-ups. Após meses de edição, considerando cuidadosamente onde cada pessoa (e porco) deveria ser posicionada, obteve como resultado impressões fantásticas e extremamente detalhadas que de fato transmitiram a sensação de um empreendimento tão grande.

“Há muitas maneiras de se dizer uma verdade e algumas vezes isto pode estar relacionado com acontecimentos sucessivos” esta é uma reflexão de Julie Blackmon, que tem seu trabalho centrado em seus filhos. A artista americana vem de uma família de nove irmãos e agora cria seus três filhos. Ela diz que prefere os trabalhos com técnicas compostas por que elas tem a capacidade e a liberdade de traduzir visualmente suas reflexões sobre o significado da vida em família no novo milênio. “Não quero estar restringida às regras que estipulam como uma imagem deve ser tirada para contar às histórias que me importam”, diz ela. Pode-se esperar pelo momento ideal – enquanto alguém empurra uma cadeira vermelha para baixo de uma rampa de carregamento na frente de seis crianças curiosas, enquanto uma delas brinca com plástico bolha – para que ele aconteça ou que seja composto.

“Uma vez que você se torna ciente das possibilidades, é difícil voltar atrás”, diz o fotógrafo Scott MacFarland. “Eu não sentia que era muito bom com a fotografia tradicional. Quando comecei a olhar minhas folhas de contato, pensei: “Caramba, queria que esta pessoa à esquerda olhando à distância estivesse no mesmo quadro que a pessoa da direita olhando para ela, ou gostaria que a luz fosse aquela da manhã. ’”

Desde então o fotógrafo tem utilizado técnicas compostas para representar os diversos elementos da vida contemporânea canadense, desde o tempo que os soldados passam no exterior até repatriação daqueles que foram abatidos no Afeganistão. Seu último trabalho, uma série produzida em 2010 ele utilizou-se de um conjunto de diretrizes mais rígidas que ele relaciona aquelas que dominam o fotojornalismo. Ele evitou interferir com a cena tal qual ela acontecia tampouco interagia com as pessoas nela. “Eu fotografei apenas o que testemunhei, da forma como aconteceu. Embora o resultado final raramente pudesse ser aproveitado no tribunal de justiça, ele é representativo do que ocorreu em cada um destes dias. A única diferença para uma abordagem de fotojornalismo é que em meu estúdio eu passei incontáveis horas combinando várias fotos diferentes em apenas um quadro”, observa o fotógrafo.

Embora seja necessário certo esforço para ter certeza se as imagens destes fotógrafos sejam naturais e não construídas, nenhum deles tenta enganar o público sobre o seu processo. “Não importa o que fazemos, as pessoas podem dizer que são montagens”, afirma Molison. O que acontece é que há uma muitos momentos decisivos em uma mesma composição para que ela possa ser de fato real.”






















Laurence Butet-Roch é um escritor freelance, editor de fotos e fotógrafo baseado em Toronto no Canadá. É membro do Boreal Collective.

sábado, 1 de abril de 2017

Seriam as selfies arte? Esta nova exposição diz que sim

abril 01, 2017 | por Ligia

"Between Cells and Metadata" de Marta Moraschi (Itália)

Botão iniciar, abrir a câmera, acionar a câmera frontal, clicar; são necessárias quatro ações e menos de cinco segundos para tirar uma selfie em um Iphone comum. Talvez não seja nenhuma surpresa o fato de que se estima que sejam tiradas cerca de um milhão de selfies por dia, frequentemente arriscando-se carreiras, assim como vidas e a vida de pessoas próximas a fim de se conseguir a melhor selfie.

Mas esta ação comum é meramente uma forma inata de autopromoção ou seriam as selfies na verdade, um meio moderno de expressão visual e comunicação que deveria ser levado mais a sério?

Este é o questionamento que uma nova exposição em uma galeria de Londres tenta responder. From Selfie to Self-Expression, que foi inaugurada ontem (31) na Saatchi Gallery of Contemporary Art, é uma das primeiras exposições a explorar o fenômeno das selfies e celebrar seu potencial como forma de expressão artística.

Apresentando conteúdo interativo, digital e gerado por usuários e por uma grande diversidade de artistas como Tracey Emin, Van Gogh, Rafael Lozano-Hemmer, Rembrandt e Cindy Sherman, a mostra ilustra como os smartphones permitiram a indivíduos comuns documentar o mundo ao seu redor além de acompanhar os autorretratos ao longo do tempo.

Além de mostrar o trabalho de artistas já estabelecidos, a exposição apresenta exemplos de selfies bem conhecidas, incluindo a imagem que viralizou tirada pelo primeira ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt com o ex-presidente americano Barack Obama e com o ex primeiro ministro do Reino Unido David Cameron na homenagem a Nelson Mandela no estádio Soccer City em Soweto em dezembro de 2013.

"White Water" de Gabriel Saplontai (Bélgica)

“Ao longo dos últimos cinco séculos, os seres humanos mostram esta compulsão por criar imagens de si mesmos e compartilhá-las, a única mudança é a maneira como o fazemos”, diz Nigel Hurst, CEO da Saatchi Gallery e curador da exposição. "As selfies são com facilidade a forma mais expansiva de comunicação visual que qualquer um de nós poderia experimentar por gerações, os que as torna dignas de nota por seu próprio mérito. Elas não podem ser ignoradas como instituição cultural.”

Hurst idealizou a exposição From Selfie to Self-Expression junto a um casal de amigos em uma mesa de cozinha na cidade de Oxford há cerca de um ano e meio atrás. “Pensamos que a exposição seria muito oportuna e não conseguíamos acreditar que ainda não havia sido feita”, afirma.

Um pouco surpreendido, Hurst conta que a galeria não enfrentou nenhuma crítica por ter apresentado uma exposição sobre uma ação fortemente associada a estrelas de reality shows como Kim Kardashian e repudiada por muitas pessoas como algo autoindulgente ou mesmo infantil. No entanto muitas pessoas questionaram se as selfies poderiam ser consideradas como obras de arte.

“A resposta mais simples para isso é que tudo pode ser arte se for seguido pelo artista com bastante convicção e coerência, e também quando pessoas o suficiente aceitam e acreditam que seja arte”, afirma Hurst. “Não estamos dizendo que uma apresentação de um adolescente experimentando várias poses é um trabalho tão importante quanto uma obra de Rembrandt, no entanto o mundo da arte não deve ignorar este fenômeno.”

Assim como as selfies tornaram-se a maneira favorita de expressão dos millennials atualmente, como as próximas gerações escolherão se apresentar? Através de sua pesquisa para a exposição, Hiurst tem notado que a maré de selfies está começando a experimentar uma mudança de direção.

“Quando os telefones com câmeras começaram a aparecer eles eram muito básicos e com câmeras de resolução muito ruim, assim só era possível tirar fotos de um prato de comida na sua frente ou do seu próprio rosto”, afirma. “Agora a tecnologia dos smartphones revolucionou completamente e as pessoas começaram a utilizar suas câmeras novamente como câmeras. Sim as pessoas seguirão tirando selfies, mas notei que elas cada vez mais têm escolhido se expressar documentando o que acham de bonito e interessante do mundo ao seu redor.”

"Heading For the Sun" de Jagoda Turk (Croácia)

"Crying" de Francesca Ricciardi (Itália)

"Waving Witch" de Henriette Gasteren (Países Baixos)

"Yellow" de Georgina Harrison (Reino Unido)

"Dr Wells 3" de Igor Kudelin (Ucrânia)

"Dried Girl" de Mona Ashtari (Itália)

"Broken Mirror" de Ralf Waldhart (Áustria)

"Torn" de Sarah Carpenter (Reino Unido)

"Resting" de Sophie Ryleigh (Reino Unido)

"Black Balloon" de Tadao Cem (Lituânia)

"Prete" de Tanja Van Deer (Líbano)

"Beehive" de Tatiana Ledyaeva (Rússia)

"Photomontage Portraits" de Saria Hamaamin (Reino Unido)

Fonte: Time